Desafios das Indicações Geográficas para a Agricultura Familiar no Brasil
DOI:
https://doi.org/10.21664/2238-8869.2025v14i4.8346Palabras clave:
desenvolvimento territorial, coordenação, capacidade institucionalResumen
Este artigo baseia-se na pesquisa desenvolvida para a tese concluída em fevereiro de 2024 no Programa de Pós-Graduação Binacional em Ciência, Tecnologia e Inovação em Agropecuária firmado entre a Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ) e a Universidad Nacional de Río Cuarto (UNRC) em 2008. Neste segmento, é analisada a influência da capacidade institucional e da coordenação no sucesso das Indicações Geográficas (IGs) na Agricultura Familiar no Brasil. A motivação para o estudo deriva da problemática relacionada à prevalência de commodities nas relações comerciais brasileiras, que destaca a falta de diferenciação e o limitado conteúdo tecnológico desses produtos. Diante da tendência de valorização de características distintivas, as IGs surgem como uma estratégia, especialmente para a agricultura familiar. A metodologia adotada para a pesquisa compreende entrevistas com os participantes do registro de IG, utilizando o software IRaMuTeQ para análise textual e a análise de conteúdo de Bardin para interpretação dos dados. Os resultados evidenciam a necessidade de fortalecimento das relações entre instituições, consultores e produtores, enfatizando a complexidade do registro no Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) e a importância de capacitar consultores. Destaca-se a relevância da colaboração entre instituições, produtores e consultores para superar desafios e explorar oportunidades.
Citas
ASN Nacional. 2020. “Pequenos negócios são maioria entre as Indicações Geográficas brasileiras”. ASN Nacional - Agência Sebrae de Notícias. https://agenciasebrae.com.br/economia-e-politica/pequenos-negocios-sao-maioria-entre-as-indicacoes-geograficas-brasileiras/.
ASN Nacional. 2024. “Número de Indicações Geográficas no Brasil cresceu 60% em quatro anos”. ASN Nacional - Agência Sebrae de Notícias. https://agenciasebrae.com.br/cultura-empreendedora/numero-de-indicacoes-geograficas-no-brasil-cresceu-60-em-quatro-anos/.
ASN Rio Grande do Sul. 2024. “Como o selo de Indicação Geográfica pode alavancar negócios”. ASN Rio Grande do Sul - Agência Sebrae de Notícias. https://rs.agenciasebrae.com.br/inovacao-e-tecnologia/como-o-selo-de-indicacao-geografica-pode-alavancar-negocios/.
Bardin, Laurence. 2015. Análise de conteúdo. 1o ed. Edições 70.
Camargo, B. V., e A. M. Justo. 2013. Tutorial para uso do software IRAMUTEQ (interface de R pour les analyses multidimensionnelles de textes et the questionnaires). Laboratório de Psicologia Social da Comunicação e Cognição - UFSC. http://www.iramuteq.org/documentation/fichiers/Tutorial%20IRaMuTeQ%20em%20portugues_17.03.2016.pdf.
Camargo, Brigido Vizeu, e Ana Maria Justo. 2013. “Tutorial para uso do software de análise textual IRAMUTEQ”. http://www.iramuteq.org/documentation/fichiers/tutoriel-en-portugais.
Camargo, Brigido Vizeu, e Ana Maria Justo. 2018. “Tutorial para uso do software IRaMuTeQ (Interface de R pour les Analyses Multidimensionnelles de Textes et the Questionnaires)”. Laboratório de Psicologia Social da Comunicação e Cognição - UFSC, novembro 21. www.laccos.com.br.
Embrapa. 2024. “Soja - Portal Embrapa”. https://www.embrapa.br/agropensa/agro-em-dados/agricultura/soja.
Fernandes, Baltazar. 2016. “Manual IRAMUTEQ”. https://encurtador.com.br/jtVYZ.
Fernandes, C. F., e C. A. M. Guedes. 2021. “GEOGRAPHICAL INDICATION IN THE CONTEXT OF AGRICULTURAL PRODUCTION IN BRAZIL AND ITS POTENTIAL”. Revista Indicação Geográfica e Inovação 5 (4): 1433–53. https://doi.org/10.51722/Ingi.v5.i4.177.
Franco, Cíntia Brenner Acosta, Kelly Lissandra Bruch, e Ana Paula Matei. 2023. “A Comunicação nas Indicações Geográficas do Rio Grande do Sul”. Cadernos de Prospecção 16 (4): 1358–74. https://doi.org/10.9771/cp.v16i4.50572.
Governo Federal. 2019. “Modelos, Grupos e Status da DAP”. Ministério da Agricultura e Pecuária. https://www.gov.br/agricultura/pt-br/assuntos/mda/dap/modelos-grupos-e-status-da-dap.
Governo Federal. 2023. “Emitir o documento CAF-PRONAF”. Serviços e Informações do Brasil. https://www.gov.br/pt-br/servicos/emitir-o-documento-caf-pronaf.
Grisa, Catia, e Sergio Schneider. 2014. “Três gerações de políticas públicas para a agricultura familiar e formas de interação entre sociedade e estado no Brasil”. Revista de Economia e Sociologia Rural 52: 125–46. https://doi.org/10.1590/S0103-20032014000600007.
Guedes, Cezar Augusto Miranda, e Maria Rocío Silva Pérez. 2014. “Agri-food geographical indications, policies, and social management: Argentina, Brazil, and the Spanish experience in the European context”. Análise Social, junho 1. https://www.semanticscholar.org/paper/Agri-food-geographical-indications%2C-policies%2C-and-Guedes-P%C3%A9rez/b31c21516960e4313dad99440e9b5b1cada10bbd.
INPI. 2025. “INDICAÇÕES GEOGRÁFICAS: DENOMINAÇÕES DE ORIGEM RECONHECIDAS”. https://www.gov.br/inpi/pt-br/servicos/indicacoes-geograficas/arquivos/status-pedidos/copy_of_LISTACOMASDENOMINAESDEORIGEMRECONHECIDAS.At01Jul2025.pdf.
Knickkel, Karlheinza, Simone Schiller, Hilkka Vihinen, e Anja Weber. 2008. “New Institutional Arrangements in Rural Development”. Em Unfolding Webs: The Dynamics of Regional Rural Development, edited by Jan Douwe van der P Ploeg e Terry Marsden, vol. 74. Royal VanGorcum. http://openurl.ingenta.com/content/xref?genre=article&issn=0036-0112&volume=74&issue=4&spage=632.
LEI No 9.279, DE 14 DE MAIO DE 1996., Regula direitos e obrigações relativos à propriedade industrial. (1996). https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9279.htm.
Lei no 11.326 (2006). https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2006/lei/l11326.htm.
Martins, Luís Oscar Silva, Vitória Ribeiro Vieira de Oliveira, Fábio André Lora, et al. 2024. “Geographic Indications, Sustainability and Sustainable Development: A Bibliometric Analysis”. Journal of Scientometric Research 13 (3): 919–34. https://doi.org/10.5530/jscires.20041231.
Megale, Caio, Igor Manhães Nazareth, Claudia Gintersdorfer, Maria Rosa Sabbatelli, Costanzo Fisogni, e Ernesto Araujo. 2019. Guias das Indicações Geográficas: Controle.
Mendonça, Dannyela, Diego Pierotti Procópio, e Solange Rodrigues Santos Corrêa. 2019. “A contribuição das indicações geográficas para o desenvolvimento rural brasileiro”. Research, Society and Development 8 (7): e41871152–e41871152. https://doi.org/10.33448/rsd-v8i7.1152.
Milano, Marja Zattoni, e Ademir Antonio Cazella. 2021. “Environmental Effects of Geographical Indications and Their Influential Factors: A Review of the Empirical Evidence”. Current Research in Environmental Sustainability 3 (janeiro): 100096. https://doi.org/10.1016/j.crsust.2021.100096.
Moreira, Vagner Rangel. 2016. “Desenvolvimento territorial e direito da propriedade intelectual: um estudo dos casos da denominação de origem protegida Queijo Serra da Estrela e da indicação de procedência Queijo Minas Artesanal do Serro”. Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro. https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/9865.
Neiva, A. C. G. R., J. R. B. Sereno, e M. C. S. Fioravanti. 2011. “Indicação geográfica na conservação e agregação de valor ao gado Curraleiro da comunidade Kalunga”. Archivos de Zootecnia 60 (231): 357–60. https://doi.org/10.4321/S0004-05922011000300010.
Niederle, Paulo Andre, Gilberto Carlos Cerqueira Mascarenhas, e John Wilkinson. 2017. “Governança e Institucionalização das Indicações Geográficas no Brasil”. Revista de Economia e Sociologia Rural 55 (março): 85–102. https://doi.org/10.1590/1234-56781806-94790550105.
Pellin, Valdinho. 2019. “Indicações Geográficas e desenvolvimento regional no Brasil: a atuação dos principais atores e suas metodologias de trabalho”. Interações, março 21, 63–78.
Pereira, Mara Elena Bereta de Godoi, Ana Elisa Bressan Smith Lourenzani, e Kassia Watanabe. 2018. “Indicações Geográficas como estratégia de desenvolvimento: o caso do Norte Pioneiro do Paraná”. Interações (Campo Grande) 19 (setembro): 515–28. https://doi.org/10.20435/inter.v19i3.1654.
Perosa, Bruno Benzaquen, Clésio Marcelino de Jesus, e Antonio César Ortega. 2017. “Associativismo e Certificação na Cafeicultura Mineira: um estudo do Café do Cerrado e do Café da Mantiqueira de Minas”. Revista Economia Ensaios 32 (1). https://doi.org/10.14393/REE-v32n1a2017-2.
Sá, Alessandra Sousa Cordeiro de, Sueli Menelau Novais, Patrícia da Silva Nogueira, e Evelyn Siqueira Bezerra da Silva. 2019. “Legislação e Programas ao Desenvolvimento das Indicações Geográficas no Brasil”. Cadernos de Prospecção 12 (3): 706–706. https://doi.org/10.9771/cp.v12i3.27335.
SALVIATI, M. E. 2017. Manual do aplicativo IRAMUTEQ. EMBRAPA. http://www.iramuteq.org/documentation/fichiers/manual-do-aplicativo-iramuteq-par-maria-elisabeth-salviati.
Silva, Fernanda Novo da, Flavio Sacco dos Anjos, Nádia Velleda Caldas, e Germano Ehlert Pollnow. 2012. “Desafios à Institucionalização Das Indicações Geográficas No Brasil”. ResearchGate, advance online publication. https://doi.org/10.24302/drd.v2i2.258.
Sousa, Yuri Sá Oliveira, Sonia Maria Guedes Gondim, Iago Andrade Carias, Jonatan Santana Batista, e Katlyane Colman Machado Machado. 2020. “O uso do software IRAMUTEQ na análise de dados de entrevistas”. Pesquisas e Práticas Psicossociais 15 (2): 1–19. http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_abstract&pid=S1809-89082020000200015&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt.
Souza, Mariana Aranha, e Juliana Marcondes Bussolotti. 2021. “Análises de entrevistas em pesquisas qualitativas com o software IRAMUTEQ”. Revista Ciências Humanas 14 (1): 1. https://doi.org/10.32813/2179-1120.2021.v14.n1.a811.
Souza, Marli Aparecida Rocha, Marilene Loewen Wall, Andrea Cristina Morais Chaves Thuler, Ingrid Margareth Voth Lowen, e Aida Maris Peres. 2018. “O uso do software IRAMUTEQ na análise de dados em pesquisas qualitativas”. Revista da Escola de Enfermagem da USP 52 (outubro): e03353. https://doi.org/10.1590/S1980-220X2017015003353.
TÁRREGA, Maria Cristina Vidotte Blanco, Katya Regina ISAGUIRRE-TORRES, e Gilda Diniz dos SANTOS, orgs. 2020. Conflitos agrários na perspectiva socioambiental. PUC Goiás. https://bibliotecadigital.mdh.gov.br/jspui/handle/192/11326.
Valente, Maria Emília Rodrigues, Ronaldo Perez, Afonso Mota Ramos, e José Benício Paes Chaves. 2012. “Indicação geográfica de alimentos e bebidas no Brasil e na União Europeia”. Ciência Rural 42 (3): 551–58.
Vandecandelaere, Emilie, Catherine Teyssier, Dominique Barjolle, Philippe Jeanneaux, Stéphane Fournier, e Olivier Beucherie. 2018. Strengthening Sustainable Food Systems through Geographical Indications.
Vieira, Adriana Carvalho Pinto, e Ana Elisa Bressan Smith Lourenzani. 2019. “EVOLUÇÃO DAS INDICAÇÕES GEOGRÁFICAS NO BRASIL: Desafios Para Agricultura Familiar.” REVISTA DELOS 12 (34). https://ojs.revistadelos.com/ojs/index.php/delos/article/view/516.
Vieira, Adriana Carvalho Pinto, e Valdinho Pellin. 2015. “As Indicações Geográficas como Estratégia para Fortalecer o Território: o caso da indicação de procedência dos vales da uva Goethe”. Desenvolvimento em Questão 13 (30): 155. https://doi.org/10.21527/2237-6453.2015.30.155-174.
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Derechos de autor 2025 Claudia Ferreira Fernandes, Cezar Augusto Miranda Guedes, Gustavo Ramón Cimadevilla

Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución-NoComercial 4.0.
Esta revista oferece acesso livre imediato ao seu conteúdo, seguindo o princípio de que disponibilizar gratuitamente o conhecimento científico ao público proporciona maior democratização mundial do conhecimento.
A partir da publicação realizada na revista os autores possuem copyright e direitos de publicação de seus artigos sem restrições.
A Revista Fronteiras: Journal of Social, Technological and Environmental Science segue os preceitos legais da licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial 4.0 Internacional.
