DIREITO E CINEMA: as sutis contribuições do filme “Ricos de Amor” para o estudo do assédio moral e danos existenciais

Autores

  • Hugo Rios Bretas UNIFUNCESI
  • Juliana Oliveira Braga

DOI:

https://doi.org/10.37951/2236-5788.2025v25i1.p52-62

Palavras-chave:

Assédio., Personalidade., Dignidade., Solidariedade.

Resumo

O Filme “Ricos de amor”, que já exibiu o seu segundo volume, não é uma mera comédia
romântica. Trata-se, ao contrário, de um filme brasileiro, responsável por instaurar importantes debates
e dilemas éticos nos âmbitos da personalidade, altruísmo e assédio moral. A narrativa gira em torno do
romance entre Paula, estudante do curso de medicina, defensora de visões ideologicamente altruístas e
Teodoro, superficial e poliamorista. Além disso, em termos de problema, será investigado, dentro de
uma linha teórica de Direito e Cinema, qual é a contribuição do filme para o estudo do assédio moral,
praticado pelo professor Doutor Victor em face da protagonista Paula, durante a relação de estágio. O
estágio e a seara acadêmica podem apresentar um ingrediente, àqueles que bebam das fontes nebulosas
da má-fé, capaz de temperar e avolumar o convite para a prática do assédio moral, na medida em que o
responsável por ensinar e avaliar o estagiário ou o aluno, tem domínio científico, o que é inquietante
para inspirar admirações intelectuais, além do propenso desígnio do aluno no sentido de o professor ou
tomador do estágio ser o avaliador e um possível intermediário para a eventual contratação do estagiário.
As relações acadêmicas devem ser pautadas, deontologicamente pela retidão, dignidade, boa-fé e
eticidade, valorizadoras e engajadas no núcleo, qual seja, o compromisso de contribuir para a
complementação teórica acadêmica na prática, em busca do múnus, que é a entrega para a sociedade de
profissionais éticos e competentes.

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Publicado

2025-08-28