Tridax procumbens (Asteraceae): A Morphoanatomical Characterization of its Inflorescences, Chemical and Toxic Potential Investigation of Its Essential Oil
DOI:
https://doi.org/10.21664/2238-8869.2025v14i4.7332Palabras clave:
óleo volátil, morfologia, inflorescência, Tridax procumbens, atividade biológicaResumen
Tridax procumbens L. (Asteraceae) é uma espécie nativa não endêmica com ampla distribuição no Brasil e com predomínio em áreas antropizadas. Na medicina popular, essa planta é utilizada no tratamento de diarréia, redução de secreções brônquicas, como antiviral, cicatrizante, diabetes, anti-séptica, dentre outros usos. Nesse contexto, este estudo realiza a caracterização morfoanatômica das inflorescências de T. procumbens, o estudo fitoquímico do óleo volátil das inflorescências e de atividades biológicas tais como toxicidade, com o ensaio de Artemia salina, e atividade antimicrobiana contra Staphylococcus aureus, Staphylococcus epidermidis, Escherichia coli, Klebsiella pneumoniae e Pseudomonas aeruginosa. Os resultados demonstraram que as inflorescências terminais possuem cabeça tipo solitária, irradiada por brácteas involucrais e recoberta por tricomas, flores de raia ligadas e disco tubular de ambos os sexos. O óleo volátil apresentou 21 compostos químicos - terpenos com a presença de monoterpenos e sesquiterpenos usados como mistura de compostos em diversas aplicações como cosméticos, alimentos e medicamentos. O óleo não apresentou toxicidade para Artemia salina e apresentou atividade antimicrobiana moderada contra Staphylococcus aureus com CMI de 250 µg.mL-1. Nosso estudo contribui para a identificação da morfoanatomia floral e a identificação da composição química do óleo volátil que podem ser relevantes para o controle de qualidade na produção de medicamentos com matéria-prima da inflorescência de T. procumbens. Além disso, o conhecimento farmacognóstico das características químicas do óleo volátil das inflorescências de T. procumbens agregam informações importantes relacionadas ao aroma, condimentos e antioxidantes, bem como às suas atividades biológicas.
Citas
ADAMS, R. P. et al. 2007. Identification of essential oil components by gas chromatography/mass spectrometry. Carol Stream, IL: Allured publishing corporation. 804 pp.
ANDRIANA, Y. et al. 2019. Antihyperuricemia, antioxidant, and antibacterial activities of Tridax procumbens L. Foods, 8 (1): 21. https://doi.org/10.3390/foods8010021
AMARANTE, C. B. et al. 2011. Estudo fitoquímico biomonitorado pelos ensaios de toxicidade frente à Artemia salina e de atividade antiplasmódica do caule de aninga (Montrichardia linifera). Acta Amazonica, 41 (1): 431-434. https://doi.org/10.1590/S0044-59672011000300015
ATTAR, U. et al. 2017.Identification of aroma volatiles and understanding 2-acetyl-1-pyrroline biosynthetic mechanism in aromatic mung bean (Vigna radiata (L.) Wilczek). Physiology and molecular biology of plants, 23 (2): 443-451. https://doi.org/10.1007/s12298-017-0414-2
BARROS, D. B. S. et al. 2018. Tempo de extração para óleo essencial de Croton spp. (Euphorbiacae). Revista Brasileira de Meio Ambiente, 3 (1): 45-53. https://www.revistabrasileirademeioambiente.com/index.php/RVBMA/article/view/39/8
BEDNARCZUK, V. O. et al. 2010. Testes in vitro e in vivo utilizados na triagem toxicológica de produtos naturais. Visão Acadêmica, 11 (2). http://dx.doi.org/10.5380/acd.v11i2.21366
BIANCO, S.; PITELLI, R. A.; CARVALHO, L. B. 2004. Estimativa da área foliar de Tridax procumbens usando dimensões lineares do limbo foliar. Planta Daninha, 22 (2): 247-250. https://doi.org/10.1590/S0100-83582004000200011
BIZZO, H.R.; HOVELL, A.M.C.; REZENDE, C.M. 2009. Essential oils in Brazil: General aspects, production and perspective. Quim. Nova, 32 (1): 588-594. https://doi.org/10.1590/S0100-40422009000300005
BRUNI, R. et al. 2004. Chemical composition and biological activities of Ishpingo essential oil, a traditional Ecuadorian spice from Ocotea quixos (Lam.) Kosterm.(Lauraceae) flower calices. Food chemistry, 85 (3): 415-421. https://doi.org/10.1016/j.foodchem.2003.07.019
CAPUCHO, L. C. 2008. Estrutura do capítulo e suas implicações na reprodução de Lucilia lycopodioides (Less.) Freire (Asteraceae, Asteroideae). Dissertação de mestrado, Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto, SP. https://repositorio.usp.br/item/001695470
CHOUDHARY, M. et al. 2001. Bioassay techniques for drug development. CRC Press.
CLSI. 2016. Performance Standards for Antimicrobial CLSI supplement M100S Wayne, PA: Clinical and Laboratory Standards Institute.
DA SILVA, A. G. M. et al. 2017. The first report of chemical and biological study of essential oil from Begonia reniformis leaf (Begoniaceae). Eclética Química Journal, 42 (1): 60-64. https://doi.org/10.26850/1678-4618eqj.v42.1.2017.p60-64
DE ALBUQUERQUE, U. P.; HANAZAKI, N. 2006. As pesquisas etnodirigidas na descoberta de novos fármacos de interesse médico e farmacêutico: fragilidades e pespectivas. Rev. Bras. Farmacogn, 16 (2): 678-689. https://doi.org/10.1590/S0102-695X2006000500015
DESBOIS, A. P.; SMITH, V. J. 2010. Antibacterial free fatty acids: activities, mechanisms of action and biotechnological potential. Applied microbiology and biotechnology, 85 (6): 1629-1642. https://doi.org/10.1007/s00253-009-2355-3
FABIANE, K. C. et al. 2008. Physicochemical characteristics of the essential oils of Baccharis dracunculifolia and Baccharis uncinella DC (Asteraceae). Revista Brasileira de Farmacognosia, 18 (2) 197-203. https://doi.org/10.1590/S0102-695X2008000200009
FABRI, N. T. et al. 2019. Composition, antioxidant properties, and biological activities of the essential oil extracted from Ocotea diospyrifolia (Meisn.) Mez. Brazilian Journal of Pharmaceutical Sciences, 55 (1): 12-22. https://doi.org/10.1590/s2175-97902019000218471
FUNK, V. A. 2009. (Ed.). Systematics, evolution, and biogeography of Compositae. International Association for Plant Taxonomy, 76 pp. https://www.compositae.org/downloads/Systematics_evolution_and_Biogeography_of_Compositae.pdf
GALVÃO, M. N. et al. 2009.Palinologia de espécies de Asteraceae de utilidade medicinal para a comunidade da Vila Dois Rios, Ilha Grande, Angra dos Reis, RJ, Brasil. Acta botanica brasilica, 23 (2): 247-258. https://doi.org/10.1590/S0102-33062009000100026
GANDARA, A.; ALVES, M.; ROQUE, N. 2016. Flora of Bahia: Asteraceae–Tribe Millerieae. Sitientibus série Ciências Biológicas, 16 (2): 231-239. https://doi.org/10.13102/scb844
HOLETZ, F. B. et al. 2002. Screening of some plants used in the Brazilian folk medicine for the treatment of infectious diseases. Memórias do Instituto Oswaldo Cruz, 97 (3): 1027-1031. https://doi.org/10.1590/S0074-02762002000700017
KOUKOUI, O. et al. 2017. Propriétés nutritionnelles et phytochimiques de Launaea taraxacifolia et Tridax procumbens, deux alicaments sous utilisés au Bénin. BRAB, 12 (1): 1025-2355. http://www.slire.net/download/2419/article_2_pg_brab_sp_cial_eaff_koukoui_et_al_propri_t_s_nutritionnelles.pdf
MANJAMALAI, A.; KUMAR, M. J.; GRACE, V. M. 2012. Essential oil of Tridax procumbens L induces apoptosis and suppresses angiogenesis and lung metastasis of the B16F-10 cell line in C57BL/6 mice. Asian Pacific Journal of Cancer Prevention, 13 (11): 5887-5895. https://doi.org/10.7314/APJCP.2012.13.11.5887
MENDES, C. E. et al. 2012. Efeitos das condições ambientais sobre o teor e variabilidade dos óleos voláteis de Dalbergia frutescens (Vell.) Britton (Fabaceae). Química Nova, 35 (4): 1787-1793. https://doi.org/10.1590/S0100-40422012000900016
MCLAUGHLIN, J. L.; CHANG, C.; SMITH, D. L. 1991. Bench-top bioassays for the discovery of bioactive natural products: an update. Studies in natural products chemistry, 9 (3): 383-409. https://doi.org/10.1021/bk-1993-0534.ch009
MIYAZAWA, M.; OKUNO, Y. 2003. Volatile components from the roots of Scrophularia ningpoensis Hemsl. Flavour and Fragrance journal, 18 (5): 398-400. https://doi.org/10.1002/ffj.1232
MONDIN, C. A. 2015. Tridax. In: Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. http://floradobrasil.jbrj.gov.br/jabot/floradobrasil/FB16365
NAKAJIMA, J. N. B. et al. 2015. Asteraceae in Lista de espécies da flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. http://floradobrasil.jbrj.gov.br/jabot/floradobrasil/FB55
NASCIMENTO, M. N. G. et al. 2018. Chemical composition and antimicrobial activity of essential oils from Xylopia aromatica (Annonaceae) flowers and leaves. Revista Virtual de Química, 10 (5): 1578-1590. https://doi.org/10.21577/1984-6835.20180107
OLIVEIRA, C. J. Avaliação comparativa do efeito dos ácidos graxos oléico, palmítico e esteárico sobre biomarcadores do processo aterosclerótico. 2013. Tese de Doutorado. Universidade de São Paulo. https://doi.org/10.11606/T.9.2013.tde-05072013-163652
PEREIRA, F. O. et al. 2015. Antifungal activity of geraniol and citronellol, two monoterpenes alcohols, against Trichophyton rubrum involves inhibition of ergosterol biosynthesis. Pharmaceutical biology, 53 (2): 228-234. https://doi.org/10.3109/13880209.2014.913299
POWELL, A. M. 1965. Taxonomy of Tridax (Compositae). Brittonia, 23 (4): 47-96. https://doi.org/10.2307/2805391
RAHMAN, N. et al. 2017. Wound healing potentials of Thevetia peruviana: Antioxidants and inflammatory markers criteria. Journal of traditional and complementary medicine, 7 (4): 519-525, 2017. https://doi.org/10.1016/j.jtcme.2017.01.005
ROQUE, N.; BAUTISTA, H. P. 2008. Asteraceae: caracterização e morfologia floral. 75 pp. https://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/25086
SHEN, Y. et al. 2008. Analysis of volatile components of Pseudostellaria heterophylla (Miq.) Pax by microwave-assisted solvent extraction and GC–MS. Chromatographia, 68 (7): 679-682. https://doi.org/10.1365/s10337-008-0731-2
SHIN, S. Y. et al. 2007.Antibacterial activity of eicosapentaenoic acid (EPA) against foodborne and food spoilage microorganisms. LWT-Food Science and Technology, 40 (9): 1515-1519. https://doi.org/10.1016/j.lwt.2006.12.005
SHUKUROVA, M. K. et al. 2020. Profiling of Volatile Organic Compounds in Wild Indigenous Medicinal Ginger (Zingiber barbatum Wall.) from Myanmar. Metabolites, 10 (6): 248. https://doi.org/10.3390/metabo10060248
STEFANELLO, S. et al. 2018. Levantamento do uso de plantas medicinais na Universidade Federal do Paraná, Palotina–PR, Brasil. Extensão em Foco, 1 (15): 34-52. http://dx.doi.org/10.5380/ef.v1i15.52776
SVENSSON, B. M. et al. 2005. Artemia salina as test organism for assessment of acute toxicity of leachate water from landfills. Environmental monitoring and assessment, 102 (1): 309-321. https://doi.org/10.1007/s10661-005-6029-z
TADDEI, A.; ROSAS-ROMERO, A. J. 2000. Bioactivity studies of extracts from Tridax procumbens. Phytomedicine, 7 (3): 235-238. https://doi.org/10.1016/S0944-7113(00)80009-4
UENOJO, M.; MARÓSTICA JUNIOR, M. R.; PASTORE, G. M. 2007. Carotenoids: properties, applications and biotransformation in flavor compounds. Quimica nova, 30 (1): 616-622. https://doi.org/10.1590/S0100-40422007000300022
VALDES, M.; CALZADA, F.; MENDIETA-WEJEBE, J. Structure–Activity Relationship Study of Acyclic Terpenes in Blood Glucose Levels: Potential α-Glucosidase and Sodium Glucose Cotransporter (SGLT-1) Inhibitors. Molecules, v. 24, n. 22, p. 4020, 2019. https://doi.org/10.3390/molecules24224020
VAN DEN DOOL, H.; KRATZ, P. D. 1963. A generalization of the retention index system including linear temperature programmed gas-liquid partition chromatography. Jounal of Cromatography. 11: 463-471. https://doi.org/10.1016/S0021-9673(01)80947-X
VILAVERDE, G. M.; PAULA, J. R.; CANEIRO, D. M. 2003. Levantamento etnobotânico das plantas medicinais do cerrado utilizadas pela população de Mossâmedes (GO). Revista Brasileira de Farmacognosia, 13 (1): 64-66. https://doi.org/10.1590/S0102-695X2003000300024
YUAN, F.; QIAN, M. C. 2016. Development of C13-norisoprenoids, carotenoids and other volatile compounds in Vitis vinifera L. Cv. Pinot noir grapes. Food Chemistry, 192 (2): 633-641, 2016. https://doi.org/10.1016/j.foodchem.2015.07.050
ZUGAIB, M.; AMORIM, A. M. 2014. Flora of Bahia: Asteraceae–Piptocarpha (Vernonieae: Pitpotcarphinae). Sitientibus série Ciências Biológicas, 14: 1-11. https://doi.org/10.13102/scb705
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Derechos de autor 2025 Osvaldo Gomes Pinto , Jakeline de Oliveira Ramos, Marcos Moreira de Sousa, Giuliana Muniz Vila Verde, Plínio Lázaro Faleiro Naves , Eliete Souza Santana

Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución-NoComercial 4.0.
Esta revista oferece acesso livre imediato ao seu conteúdo, seguindo o princípio de que disponibilizar gratuitamente o conhecimento científico ao público proporciona maior democratização mundial do conhecimento.
A partir da publicação realizada na revista os autores possuem copyright e direitos de publicação de seus artigos sem restrições.
A Revista Fronteiras: Journal of Social, Technological and Environmental Science segue os preceitos legais da licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial 4.0 Internacional.
