Um Quebra-Cabeça Verde: “Montando as Peças” do Reflorestamento Empreendido na Floresta da Tijuca

Autores

  • Gabriel Paes da Silva Sales Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, PUC-Rio, Brasil.
  • Rejan Rodrigues Guedes-Bruni Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, PUC-Rio, Brasil.

DOI:

https://doi.org/10.21664/2238-8869.2018v7i3.p58-77

Palavras-chave:

História Ambiental, Ecologia Histórica, Floresta Atlântica, Restauração Florestal

Resumo

Historicamente, a Floresta da Tijuca possui um papel fundamental para a cidade do Rio de Janeiro. Atualmente, parte de sua vegetação encontra-se protegida por fazer parte do Parque Nacional da Tijuca (PNT). Um olhar distraído pode sugerir pouca interferência antrópica na sua composição florística e estrutura atuais, o que não se confirma, pois suas matas sofreram diversos usos que contribuem para sua rica História Ambiental, ainda não completamente desvelada. Objetiva-se: i) recontar parte importante da História Ambiental da cidade do Rio de Janeiro, enfocando no reflorestamento empreendido nesta floresta; ii) analisar como ocorreu este reflorestamento, isto é, quais foram suas motivações, espécies selecionadas, quantos hectares de floresta foram efetivamente restaurados, entre outros. Documentos históricos foram utilizados para análise. O que se depreende, preliminarmente, é que a regeneração natural teve um papel fundamental no restabelecimento da floresta, pois Archer e seus sucessores reflorestaram 5,2% da atual área que constitui o PNT.

Biografia do Autor

Gabriel Paes da Silva Sales, Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, PUC-Rio, Brasil.

Doutorado em andamento em Geografia pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, PUC-Rio, Brasil. Mestrado em Geografia pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, PUC-Rio, Brasil.

Rejan Rodrigues Guedes-Bruni, Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, PUC-Rio, Brasil.

Doutorado em Ecologia pela Universidade de São Paulo, USP, Brasil. Docente na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, PUC-Rio, Brasil.

Referências

Ab’Saber AN 2011. Os domínios de Natureza do Brasil: potencialidades paisagísticas. Ateliê Editorial, São Paulo, 159 pp.

Abreu MA 2014. A cidade, a montanha e a floresta. In F Fridman, R Haesbaert. Escritos sobre espaço e história. Garamond, Rio de Janeiro, p. 299-357.

Atala F 1966. Floresta da Tijuca. Centro de Conservação da Natureza, Rio de Janeiro, 102 pp.

Besse JM 2006. A fisionomia da paisagem, de Alexander von Humboldt a Paul Vidal de la Blache. In JM Besse. Ver a terra: seis ensaios sobre a paisagem e a Geografia. Perspectiva, São Paulo, p. 61-74.

Brancalion PHS, Gandolfi S, Rodrigues RR 2015. Restauração Florestal: conceitos e motivações. In PHS Brancalion, S Gandolfi, RR Rodrigues. Restauração Florestal. Oficina de Textos, São Paulo, p. 11-41.

Brancalion PHS, Ribeiro RR, Gandolfi S, Yoshio-Kageyama P, Nave AG, Bertin FG, Barbosa LM, Tabarelli M 2010. Instrumentos legais podem contribuir para a restauração de florestas tropicais biodiversas. Revista Árvore 34(3):455-470.

Dean W 1995. A ferro e fogo: a história e a devastação da Mata Atlântica brasileira. Cia das Letras, São Paulo, 484 pp.
Drummond JA 1988. O Jardim Dentro da Máquina: Breve História Ambiental da Floresta da Tijuca. Estudos Históricos 1(2):276-298.

Heynemann CB 1995. Floresta da Tijuca: natureza e civilização no Rio de Janeiro - século XIX. Secretaria Municipal de Cultura, Rio de Janeiro, 195 pp.

Lemos ML, Perez RAR, Bezerra FOS 2002. Estudos Arqueológicos do Parque Nacional da Tijuca. Sociedade dos Amigos do Museu Nacional, Rio de Janeiro, 141 pp.

Maya ROC 1967. A Floresta da Tijuca. Edições Bloch, Rio de Janeiro, 103 pp.

Oliveira RR 2007. Terras cançadas e mattas estragadas: uma pequena história ambiental das chuvas e florestas do Rio de Janeiro. In VR Gari, MB Schlee, R Andrade, MA Dias. Águas urbanas: a Regeneração Ambiental como Campo Disciplinar Integrado. FAPERJ/PROARQ-FAUUFRJ/Minister Editora, Rio de Janeiro, p. 57-77.

Oliveira RR, Engemann C 2011. História da paisagem e paisagens sem histórias: a presença humana na Floresta Atlântica do sudeste brasileiro. Revista Esboços 18(25):9-31.

Oliveira RR, Solórzano A 2014. Três hipóteses ligadas à dimensão humana da biodiversidade da Mata Atlântica. Fronteiras: Journal of Social, Technological and Environmental Science 3(2):80-95.

Pádua JA 2002. Um sopro de destruição: pensamento político e crítica ambiental no Brasil escravista (1786-1888). Jorge Zahar Editor, Rio de Janeiro, 318 pp.

Pádua JA 2010. As bases teóricas da História Ambiental. Estudos Avançados 24(68):81-101.

Silva ACP 2015. Redefinindo a paisagem do Rio de Janeiro: dilemas constantes sobre o espaço carioca. Cadernos do Desenvolvimento Fluminense 7(1):55-74.

Silva MA 1870. Silvicultura brasileira: trabalhos da Floresta Nacional da Tijuca. Revista Agrícola do Imperial Instituto Fluminense de Agricultura 5(1):29-33.

Willians R 2011. Cultura e materialismo. Editora UNESP, São Paulo, 408 pp.

Worster D 1991. Para fazer História Ambiental. Estudos Históricos 4(8):198-215.

Zaú AS 2010. Composição, estrutura e efeitos de borda lineares na comunidade arbustiva-arbórea de um remanescente urbano de Mata Atlântica no sudeste do Brasil. Tese de Doutorado, Instituto de Pesquisas do Jardim Botânico/Escola Nacional de Botânica Tropical, Rio de Janeiro, 254 pp.

Downloads

Publicado

2018-12-24

Como Citar

SALES, Gabriel Paes da Silva; GUEDES-BRUNI, Rejan Rodrigues. Um Quebra-Cabeça Verde: “Montando as Peças” do Reflorestamento Empreendido na Floresta da Tijuca. Fronteira: Journal of Social, Technological and Environmental Science, [S. l.], v. 7, n. 3, p. 58–77, 2018. DOI: 10.21664/2238-8869.2018v7i3.p58-77. Disponível em: https://revistas.unievangelica.edu.br/index.php/fronteiras/article/view/2783. Acesso em: 22 dez. 2024.

Edição

Seção

Dossiê - História e Natureza na América Latina