Composição Pedologística da Expansão Sucroenergética no Sudoeste Goiano
Palabras clave:
mudanças de uso do solo, aptidão agrícola do uso das terras, tecnologia, células de produçãoResumen
O Cerrado brasileiro passou recentemente pelo processo de mudanças de uso dos solos promovido pela expansão sucroenergética, associado ao Plano Nacional de Agroenergia. O objetivo deste estudo foi compreender esta dinâmica de expansão por meio dos fatores edáficos e antrópicos na região do Sudoeste goiano. A metodologia desta pesquisa utilizou técnicas de Sensoriamento Remoto e de Geoprocessamento, que consistiram no mapeamento do uso do solo, com destaque à cana-de-açúcar em uma sucessão temporal para os anos de 1985, 1995, 2005, 2010, 2016 e 2019; no mapeamento Aptidão Agrícola do Uso das Terras da região; a vetorização dos sistemas logísticos de escoamento do etanol planejados e implementados no Sudoeste de Goiás e em suas áreas lindeiras; a análise geoespacial deste processo, integrando a dinâmica da expansão sucroalcooleira com o meio físico e a infraestrutura. Os resultados deste estudo mostraram que as mudanças de uso do solo, promovidas pela cana-de-açúcar, empregaram inicialmente condições pedológicas naturais, como principal fator de produção, posteriormente, faz-se uso do aparelhamento tecnológico de escoamento de produção focados no transporte de baixo custo, formando a composição pedologística da cana-de-açúcar que se configurou em uma nova etapa da modernização da agricultura regional.
Citas
Abramovay, R. 2019. Amazônia: por uma economia do conhecimento da natureza. 1° ed. São Paulo: Elefante, 108 p.
Barbalho, M. G. S.; Silva, A. A.; Castro, S. S. A expansão da área de cultivo da cana-de-açúcar na região sul do estado de Goiás de 2001 a 2011. Revista Brasileira de Ciências Ambientais, Rio de Janeiro, n. 29, p. 98-110, set. 2013.
Barros, C.C.C. Wanke, P.F. 2012. Logística de Distribuição de Etanol: uma proposta de avaliação para a viabilidade na construção de alcooldutos a partir do Centro-Oeste do Brasil. Organizações Rurais & Agroindustriais, Lavras, v. 14, n. 3, p. 343-355.
Bertoni, J.; Lombardi Neto, F. 2014. Conservação do Solo. 10. ed. Bom Retiro: Ícone
Bittencourt, M.G; Gomes, M.F.M. 2014. Fontes de Crescimento da Produção de Cana-de-Açúcar no Sudeste e Centro-Oeste do Brasil. REDES - Rev. Des. Regional, Santa Cruz do Sul, v. 19, nº 2, p. 182 - 201, maio/ago.
Borlaug, N.E. 1983. Contributions of Conventional Plant Breeding to Food Production. Science, 219(4585):689·93. DOI: https://doi.org/10.1126/science.219.4585.689
Brasil - Empresa Brasileira de Pesquisa Energética. 2008. Perspectivas para o Etanol Brasileiro. Rio de Janeiro, 62 p. Relatório.
Castillo, R. A. 2015. Dinâmicas recentes do setor sucroenergético no Brasil: competitividade regional e expansão para o bioma Cerrado. GEOgraphia (UFF), v. 17, p. 95-119. DOI: https://doi.org/10.22409/GEOgraphia2015.1735.a13730
Chieppe Jr, J.B.C. 2015. Impacto do crescimento do setor sucroalcooleiro na expansão da fronteira agrícola no estado de Goiás. Scientia Tec: Revista de Educação, Ciência e Tecnologia do IFRS, Porto Alegre, v.2 n.3, p. 19-34, jul/dez. DOI: https://doi.org/10.35819/scientiatec.v2i3.1421
Coleti, J.C; Oliveira, A.L.D. 2019. A Intermodalidade no Transporte de Etanol Brasileiro: aplicação de um modelo de equilíbrio parcial. RESR, Piracicaba-SP, Vol. 57, Nº 01, p. 127-144, Jan./Mar.
DOI: https://doi.org/10.1590/1234-56781806-94790570108
Cunha. G.R et. al. 2010. Intensificação Versus Extensificação da Agricultura. Revista Plantio Direto - Passo Fundo, p. 22 - 27, nov.
Duarte, M.L; Silva, T.A. 2019. Avaliação do Desempenho de Três Algoritmos na Classificação de Uso do Solo a Partir de Geotecnologias Gratuitas. Revista de Estudos Ambientais. Blumenau, v.21, n. 1, p.6-16. DOI: https://doi.org/10.7867/1983-1501.2019v21n1p6-16
Gomes, P. R.; Fernandes, V. 2014. O discurso de sustentabilidade e a rede de atores do setor sucroenergético. Revista Brasileira De Ciências Ambientais, (31), 84-96.
Lima M.S.B. 2020. Expansão da Cadeia da Soja na Amazônia Setentrional: os casos de Roraima e Amapá. Boletim de Geografia de Maringá, v. 38, n. 2, p. 79-93. DOI: https://doi.org/10.4025/bolgeogr.v38i2.42576
Logum. 2014. Estudo de Impacto Ambiental do Projeto Logum: trecho Paulínia-RMSP-Santos. Rio de Janeiro. 268 p. Relatório.
Logum. 2020. Sistema Logístico do Etanol. Disponível em: http://www.logum.com.br/php/o-sistema-logum.php. Acesso em: 26 abr.
Manzatto, C.V et al. 2009. Zoneamento Agroecológico da Cana-de-açúcar. Expandir a produção, preservar a vida, garantir o futuro. Rio de Janeiro, RJ: Embrapa Solos, in Série Documentos N 110, ISSN 1517-2627. set.
Mitsutani, C. 2010. A Logística do Etanol de Cana-de-Açúcar no Brasil: condicionantes e perspectivas. 2010, 103 f. Dissertação (Programa de Pós-Graduação em Energia). Universidade de São Paulo, São Paulo.
Pimentel, L.M. et al..2011. Mudanças de Uso da Terra e Expansão da Agricultura no Oeste da Bahia. Boletim de Pesquisa e Desenvolvimento. Rio de Janeiro: Embrapa Solos, p. 27
Pietrafesa, J. P.; Steckelberg, T. B.; Pietrafesa, P. A. Internacionalização do setor sucroenergético brasileiro e suas consequência em Goiás. Campo - Território, v.11, n.01, p. 371-392, 2016. DOI: https://doi.org/10.14393/RCT112215
Ramalho Filho, A.; Beek, K. J. 1995. Sistema de avaliação da aptidão agrícola das terras. 3. ed. rev. Rio de Janeiro: Embrapa-CNPS, 65 p.
Rudorff, B F T.; Sugawara, L. M. 2007. Mapeamento da cana-de-açúcar na Região Centro-Sul via imagens de satélite. Informe Agropecuário, Belo Horizonte, v. 28, p. 79-86.
Trindade, S.P. 2015. Aptidão Agrícola, Mudanças de Usos dos Solos, Conflitos e Impactos Diretos e Indiretos da Expansão da Cana-de-Açúcar na Região Sudoeste Goiano. 187 f. Tese (Doutorado em Ciências Ambientais) - Doutorado Interdisciplinar, Universidade Federal de Goiás, Goiânia.
Unica-União da Industria de Cana-de-Açúcar. Produção de cana-de-açúcar do Brasil das safras 1990/91 a 2006/07. Disponível em: http://www.portalunica.com.br. Acessado em 08 de fevereiro de 2025
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Derechos de autor 2025 Silas Pereira Trindade

Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución-NoComercial 4.0.
Esta revista oferece acesso livre imediato ao seu conteúdo, seguindo o princípio de que disponibilizar gratuitamente o conhecimento científico ao público proporciona maior democratização mundial do conhecimento.
A partir da publicação realizada na revista os autores possuem copyright e direitos de publicação de seus artigos sem restrições.
A Revista Fronteiras: Journal of Social, Technological and Environmental Science segue os preceitos legais da licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial 4.0 Internacional.