Palavra & Território: Escrita alfabética e a colonização portuguesa da Mata Atlântica
DOI:
https://doi.org/10.21664/2238-8869.2015v4i1.p207-223Resumo
Juntamente com as armas de fogo, os animais domésticos, os micróbios e o aparato estatal, o alfabeto integrou o dispositivo biotécnico que os europeus renascentistas usaram para conquistar, espoliar e governar os povos ameríndios da Mata Atlântica, a partir do século XVI. Como em outras partes do Novo Mundo, a escrita foi fundamental para a apropriação retalhada dos ecossistemas nativos, incluindo suas populações humanas (privatização fundiária, escravização etc.). Não obstante, o alfabetismo acabou se adaptando aos territórios americanos. Uma das expressões mais poderosas dessa adaptação foi o processo por meio do qual o alfabeto, a princípio uma técnica de subjugação, acabou se tornando um instrumento de resistência ameríndia ao controle colonial...
Palavras chave: Escrita Alfabética; Alfabetismo; Colonização Portuguesa; Mata Atlântica; Período Colonial.
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