Da Violência Simbólica E Real Contra A Mulher Autonomia, Religiosidade E Legislação
Resumo
Resumo: A transversalidade dos direitos tem uma referência organizada, que defende a indivisibilidade dos direitos, implica no alargamento da concepção de direitos humanos e a ampliação da base das mobilizações, tal como a igualdade, liberdade, fraternidade, solidariedade, justiça e paz social, a condensar direitos civis, políticos, econômicos, sociais, culturais e ambientais. Nas sociedades atuais, portanto, globalizadas e complexas que são, por vezes de forma velada ou sutil, a experiência religiosa, intrincada no modelo patriarcal religioso colonialista, deixou cicatrizes de todos os matizes para a vida das culturas, indígenas e africanas, notadamente para a mulher, a título de pseudovontade divina, como naturalização da violência e ampla resistência à sociedade cultura machista, da proibição da erotização da mulher, mas somente a sacralização do ventre materno. No amálgama de tal contexto estão as vítimas de gênero da criminalidade incontida, que grassou ideologicamente para firmar valores culturais e morais, em detrimento da oprimida mulher, até mesmo legais, mesmo na atual Constituição cidadã, de 1988 que permeou pela igualdade de gênero, para disseminação influenciada pela cultura cristã de há muito, até a data hodierna.
Palavras-Chave: Religião. Legislação. Preconceitos. Violência simbólica e real contra a mulher.
Abstract: the mainstreaming of human rights has an organized reference, which defends the indivisibility of rights, involves the enlargement of the concept of human rights and the expansion of the base of the mobilizations, such as equality, liberty, fraternity, solidarity, justice and social peace, the condense civil rights, political, economic, social, cultural and environmental. Current societies, so globalized and complex that are sometimes subtly or subtle, the religious experience, intricate in patriarchal religious colonial model, left scars of all stripes to the lives of indigenous and African cultures, especially for women, the title of divine pseudovontade, as naturalization of violence and widespread resistance to sexist culture society, the stranger was sleek women's ban , but only the sacralization of the womb. In the amalgam of this context are victims of unrestrained crime that genre has festered ideologically to establish cultural and moral values, at the expense of the oppressed woman, even cool, even in the current Constitution, citizen of 1988 that permeated by gender equality, to spread influenced by Christian culture for a long time, until the date today.
Keywords: Religion. Legislation. Prejudices. Symbolic and real violence against women.
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