“Comissários Inteligentes” na Amazônia Colonial

Ciência e natureza no tempo das demarcações (1750-1799)

Authors

  • Wesley Oliveira Kettle Universidade Federal do Pará, UFPA, Brasil.

DOI:

https://doi.org/10.21664/2238-8869.2018v7i1.p58-83

Keywords:

Demarcation of Boundaries, Nature, Colonial Amazon

Abstract

Since the signing of the Treaty of Madrid in 1750, the Iberian monarchies hired and sent to the Amazon men of science capable of carrying out the work of demarcating the borders between the possessions of Spain and Portugal. Their reports constitute an important documentary set for the history of science in colonial Amazonia. From these sources, we selected the works of Ignácio Szentmartonyi and João Ângelo Brunelli, astronomers who are members of the Demarcating Commission, to analyze how these characters described the nature attentive to the scientific language, participating in the network of information on the territories of conquest of the Portuguese Overseas Empire.

Author Biography

Wesley Oliveira Kettle, Universidade Federal do Pará, UFPA, Brasil.

Doutorado em História Social pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, UFRJ, Brasil. Docente na Universidade Federal do Pará, UFPA, Brasil

References

Araújo E 2000. Tão vasto, tão ermo, tão longe: o sertão e o sertanejo nos tempos coloniais. In Del Priore M (org.). Revisão do paraíso: os brasileiros e o Estado do Brasil em 500 anos. Campus, São Paulo, 240 pp.
Brunelli GÂ 2003 [Carta a Francesco Zanotti, em 15/05/1751]. In Mendonça IMG. Antônio José Landi (1713-1791): um artista entre dois continentes. Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa. 892 pp.
Brunelli GÂ 2010. Requerimento de Brunelli ao Ministro da Corte de Portugal, 1752. In Papavero N et al. Os escritos de Giovanni Angelo Brunelli, astrônomo da Comissão Demarcadora de Limites portuguesa (1753-1761), sobre a Amazônia brasileira. Boletim do Museu Paraense Emílio Goeldi. Ciências Humanas, 5(2): 433-533.
Callon M 1986. Éléments pour une sociologie de la traduction: la domestication des coquilles Saint-Jacques et des marins-pêcheurs dans la baie de Saint-Brieuc. L'Année sociologique (1940/1948-), 36: 169-208. 40 pp.
Coelho MC 2011. A epistemologia de uma viagem. Livraria da física, São Paulo. 176 pp.
Costa MF 2001. Alexandre Rodrigues Ferreira e a capitania de Mato Grosso: imagens do interior. História, Ciências, Saúde-Manguinhos, 8(Suppl.): 993-1014.
Da Costa JW 1942. A Casa de Belfort no Brasil. Revista do Instituto Heráldico Genealógico, 9: 373-418.
Domingues  1991. Viagens de exploração geográfica na Amazónia em finais do século XVIII: política, ciência e aventura. Instituto de História de Além-Mar. FCSH-UNL, Lisboa. 99 pp.
Domingues  2001. Para um melhor conhecimento dos domínios coloniais; a constituição de redes de informação no Império português em finais do Setecentos. História, 8(1): 823-838.
Eckart A 1987. Memórias de um jesuíta prisioneiro de Pombal. Loyola, São Paulo. 298 pp.
Foucault M 1966. As Palavras e as coisas: uma arqueologia das ciências humanas. Portugália, Lisboa. 407 pp.
Kettle WO 2015. Ciclopes e profetas no Vale Amazônico: visões de natureza no tempo das demarcações (1750-1799), PhD Thesis, Universidade Federal do Rio de Janeiro, 369 pp.
Langer J 1997. O mito de Eldorado: origem e significado do imaginário su-lamericano (século XVI). Revista de História, 136: 25-40.
Latour B & Wooglar S 1997. A vida de laboratório: a produção dos fatos científicos. Relume Dumará, Rio de Janeiro, 312 pp.
Latour B 2000. Ciência em ação: como seguir cientistas e engenheiros sociedade afora. Unesp, São Paulo. 438 pp.
Leite S 1936. Os jesuítas no Brasil e a medicina. Separata da Revista Petrus Nominus, Lisboa.
Leite S 1956. Serviços de saúde da Companhia de Jesus no Brasil (1544-1760). Typografia do Porto, Lisboa.
Mendonça IMG 2003. Antônio José Landi (1713-1791): um artista entre dois continentes. Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa. 892 pp.
Moura CF 2008. Astronomia na Amazônia no século XVIII [Tratado de Madri]: os astrônomos Szentmártonyi e Brunelli - instrumentos astronômicos e livros científicos. Real Gabinete Português de Leitura, Rio de Janeiro. 168 pp.
Oliveira AA et al 2001. Florestas sobre areia: Campinaranas e Igapós. In Oliveira AA. Florestas do rio Negro. Companhia das Letras, São Paulo. 339 pp.
Papavero N et al 2010. Os escritos de Giovanni Angelo Brunelli, astrônomo da Comissão Demarcadora de Limites portuguesa (1753-1761), sobre a Amazônia brasileira. Boletim do Museu Paraense Emílio Goeldi. Ciências Humanas, 5(2): 433-533.
Pombo O 1998. Da classificação dos seres à classificação dos saberes. Revista da Biblioteca Nacional de Lisboa, 2: 19-33.
Pratt ML 1999. Os olhos do império: relatos de viagem e transculturação. EDUSC, Bauru. 393 pp.
Raj K 2007. Relocating modern science: circulation and the construction of knowledge in South Asia and Europe, 1650-1900. Springer, Londres. 285 pp.
Reis ACF 1948. Limites e demarcações na Amazônia brasileira Vol. II. Imprensa Nacional, Rio de Janeiro. 363 pp.
Russel-wood AJR 1998. Centros e periferias no mundo luso-brasileiro,1500-1808. Rev. bras. Hist., 18(36): 187-250.
Sanjad N, Pataca EM 2007. As fronteiras do ultramar: engenheiros, matemáticos, naturalistas e artistas na Amazônia, 1750-1820. Colóquio luso-brasileiro de história da arte, 7: 425-431.
Szentmartonyí I 2005. Sequente Notitiate de rio Negro [1749-1755]. In Wright RM. História indígena e do indigenismo no Alto Rio Negro. Mercado de Letras/Instituto Socioambiental, Campinas/São Paulo. 319 pp.
Wright RM 2005. História indígena e do indigenismo no Alto Rio Negro. Mercado de Letras/Instituto Socioambiental, Campinas/São Paulo. 319 pp.

Published

2018-05-11

How to Cite

KETTLE, Wesley Oliveira. “Comissários Inteligentes” na Amazônia Colonial: Ciência e natureza no tempo das demarcações (1750-1799). Fronteiras - Journal of Social, Technological and Environmental Science, [S. l.], v. 7, n. 1, p. 58–83, 2018. DOI: 10.21664/2238-8869.2018v7i1.p58-83. Disponível em: https://revistas.unievangelica.edu.br/index.php/fronteiras/article/view/2688. Acesso em: 19 may. 2024.

Issue

Section

Dossier - History, Science and Nature