Sustainability: an interdisciplinary field

Autores

  • Valdir Fernandes Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR).
  • William Bonino Rauen Universidade Positivo (UP) e Universidade Federal do Paraná (UFPR).

DOI:

https://doi.org/10.21664/2238-8869.2016v5i3.p188-204

Resumo

Discute-se aqui a natureza interdisciplinar do campo das ciências da sustentabilidade. Por meio de uma análise histórica crítica da assim chamada racionalização da vida e da ciência, reconhece-se que o modelo de crescimento econômico que prevaleceu nos últimos séculos levou a uma separação nociva de nossos sistemas sociais dos sistemas naturais, que hoje é uma das causas da insustentabilidade. A mesma racionalização teria provocado a fragmentação do conhecimento em disciplinas cada vez mais especializadas, como parte de uma estrutura científica que não pode ser diretamente aplicada para tratar das urgentes questões socioambientais atuais. Argumenta-se que a interdisciplinaridade é a única resposta acadêmica capaz de alcançar a reintegração do conhecimento requerida para lidar com o paradigma da sustentabilidade, à medida que se busca a justa medida entre o que é essencial, desejável e possível, tanto dentro quanto fora da academia.

Biografia do Autor

Valdir Fernandes, Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR).

Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR).

William Bonino Rauen, Universidade Positivo (UP) e Universidade Federal do Paraná (UFPR).

Universidade Positivo (UP) e Universidade Federal do Paraná (UFPR).

Referências

Barbieri JC 2009. Desenvolvimento e meio ambiente: as estratégias de mudança da agenda 21. Vozes, Petrópolis, 159 pp.
Clark WC, Dickson NM 2003. Sustainability science: the emerging research program. Proceedings of the National Academy of Sciences, 100(14):8059-8061.
Costanza R, Graumlich LJ, Steffen W 2007. Sustainability or collapse? An integrated history and future of people on Earth. Report of the 96th Dahlem Workshop IHOPE, Berlin.
Dansereau P 1999. Uma preparação ética para a mudança global: prospecção ecológica e prescrição moral. In PF Vieira, MA Ribeiro, Ecologia humana, ética e educação, APED, Florianópolis, p. 299-370.
Diamond JM 2005. Collapse: how societies choose to fail or succeed. Viking, New York, 592 pp.
Durant W 2000. A história da filosofia. Nova Cultural, São Paulo, 480 pp.
Fernandes V 2008. Racionalização da vida como processo histórico: crítica à racionalidade econômica e ao industrialismo. Cadernos da EBAPE.BR, 6(3):1-20.
Fonseca IF, Bursztyn M 2009. A banalização da sustentabilidade: reflexões sobre governança ambiental em escala local. Sociedade e Estado, 24(1):17-46.
Frodeman R 2014. Sustainable knowledge: a theory of interdisciplinarity. Palgrave Macmillan, Basingstoke, 127 pp.
Gorz A 2003. Metamorfoses do trabalho: crítica da razão econômica. Annablume, São Paulo, 247 pp.
Habermas J 1994. Teoría de la acción comunicativa: complementos y estudios previos. Catedra, Madrid, 507 pp.
Horkheimer M 2002. O eclipse da razão. Centauro, São Paulo, 135 pp.
Illich I 1976. A convivencialidade. Europa-América, Lisboa, 137 pp.
Imberger J 2005. Water in a changing climate. In JHW Lee, KM Lam, Environmental hydraulics and sustainable water management, Taylor & Francis, London p. 1199-1218.
Jerneck A, Olsson L, Ness B, Anderberg S, Baier M, Clark E, Hickler T, Hornborg A, Kronsell A, Lovbrand E, Persson J 2011. Structuring sustainability science. Sustainability Science, 6:69-82.
Komiyama H, Takeuchi K 2006. Sustainability science: building a new discipline. Sustainability Science, 1:1-6.
Mannheim K 1962. O homem e a sociedade: estudos sobre a estrutura social moderna. Zahar, Rio de Janeiro, 490 pp.
Merico LFK 1996. Introdução à economia ecológica. EDIFURB, Blumenau, 160 pp.
Mihelcic J, Crittenden JC, Small MJ, Shonnard DR, Hokanson DR, Zhang Q, Chen H, Sorby SA, James VU, Sutherland JW, Schnoor JL 2003. Sustainability science and engineering: the emergence of a new metadiscipline. Environmental Science & Technology, 37:5314-5324.
Miller TR, Wiek A, Sarewitz D, Robinson J, Olsson L, Kriebel D, Loorbach D 2014. The future of sustainability science: a solutions-oriented research agenda. Sustainability Science, 9:239-246.
Morin E 2010. Ciência com consciência. Bertrand Brasil, Rio de Janeiro, 344 pp.
Neumayer E 2013. Weak versus strong sustainability. Edward Elgar, Cheltenham, 275 pp.
Polanyi K 1994. El sustento del hombre. Mondadori, Barcelona, 371 pp.
Ramos AG 1989. A nova ciência das organizações: uma reconceituação da riqueza das nações. Fundação Getulio Vargas, Rio de Janeiro, 209 pp.
Sachs I 2000. Caminhos para o desenvolvimento sustentável. Garamond, Rio de Janeiro, 95 pp.
Sampaio CAC 2010. Gestão que privilegia uma outra economia: ecossocioeconomia das organizações. EDIFURB, Blumenau, 145 pp.
Sandifer PA, Sutton-Grier AE, Ward BP 2015. Exploring connections among nature, biodiversity, ecosystem services, and human health and well-being: Opportunities to enhance health and biodiversity conservation. Ecosystem Services, 12:1-15.
Santos BS 1995. Um discurso sobre as ciências. Afrontamento, Porto, 92 pp.
Satanarachchi N, Mino T 2014. A framework to observe and evaluate the sustainability of human–natural systems in a complex dynamic context. SpingerPlus, 3:618-638.
Sidle RC, Benson WH, Carriger JF, Kamai T 2013. Broader perspective on ecosystem sustainability: Consequences for decision making. PNAS, 110(23):9201-9208.
Simmel G 2005. As grandes cidades e a vida do espírito (1903). Mana, 11(2):577-591.
Spangenberg JH 2011. Sustainability science: a review, an analysis and some empirical lessons. Environmental Conservation, 38(3):275-287.
UNESCO / IHP / WWAP 2003. Water security and peace: a synthesis of studies prepared under the Water for Peace Process. Technical Documents in Hydrology, PC-CP Series, no. 29.
World Commission on Environment and Development 1991. Our common future. United Nations, New York, 300 pp.

Publicado

2016-12-20

Como Citar

FERNANDES, Valdir; RAUEN, William Bonino. Sustainability: an interdisciplinary field. Fronteira: Journal of Social, Technological and Environmental Science, [S. l.], v. 5, n. 3, p. 188–204, 2016. DOI: 10.21664/2238-8869.2016v5i3.p188-204. Disponível em: https://revistas.unievangelica.edu.br/index.php/fronteiras/article/view/2049. Acesso em: 22 dez. 2024.