Vale do Rio Doce: Fronteira, industrialização e colapso socioambiental
DOI:
https://doi.org/10.21664/2238-8869.2015v4i1.p160-206Resumo
O Vale do Rio Doce - VRD tem motivado investigações nas mais diversas áreas do conhecimento, por parte de pesquisadores nacionais e estrangeiros. O interesse é atraído pelas variadas imbricações de processos socioambientais, socioeconômicos, socioculturais e políticos. O VRD se manteve como fronteira aberta, até meados do século XX, quando, finalmente, acabou a disponibilidade de terras e se encerou a frente pioneira. Concomitante ao povoamento, ocupação econômica e formação dos núcleos urbanos, se implantou pela ação do Estado grandes projetos de investimento, particularmente nas áreas de siderurgia e mineração. Se para atores vinculados à modernização a fronteira era vista como depositária de recursos naturais, para as pessoas que chegavam com esperanças diversas a fronteira era uma terra prometida...
Palavras chave: Minas Gerais; Vale do Rio Doce; Frente Pioneira; Frente de Expansão Demográfica; Grandes Investimentos de Capital.
Referências
Augusta TCM 2014. Princesa da Baviera, Viagem pelos trópicos brasileiros. (Vila Velha: Phoenix Cultura), p. 95.
Baruqui FM 1982. Inter-Relações Solo-Pastagens nas Regiões Mata e Rio Doce do Estado de Minas Gerais, (Dissertação de Mestrado pela Universidade Federal de Viçosa), p. 92.
Bernardes A da Silva 1920 (Presidente do Estado de Minas Gerais). Mensagem dirigida ao Congresso Mineiro, de 15 de junho de 1920, 78-79. Disponível em http://brazil.crl.edu/bsd/bsd/u304/000078.html. Acessado em 24/3/2014.
Borges MEL 1988. Utopia e contra-utopia: movimentos sociais rurais em Minas gerais (1950-1964). (Belo Horizonte: Universidade Federal de Minas Gerais - Dissertação de Mestrado).
Bourdieu P 1985. O poder simbólico. (Rio de Janeiro, Bertrand), p. 114, 125-126.
Castro SM de 1946. Voz do Rio Doce. Governador Valadares, ano 2, n. 52, de 13 de outubro, p. 9; Silva Monteiro de Castro, “Perspectiva do Vale do Rio Doce, Acaiaca: Revista de Cultura, p. 32, 105 (nov. de 1951).
COMPANHIA VALE DO RIO DOCE 1969. Desenvolvimento Agropecuário da Região de Influência da CVRD: estudo básico. São Paulo: Planejamento Agro-Industriais.
COMPANHIAVALE DO RIO DOCE 1963. Perspectivas de Desenvolvimento Industrial da Região do Rio Doce. São Paulo: SERETE 1963, 3v.;
Cronon W 1992. A Place for Stories: Nature, History, and Narrative, The Journal of American History, 78, 4, (march), p. 1.352, 1.353.
Cupolillo F 2008. Diagnóstico hidroclimatológico da Bacia do Rio Doce. (Belo Horizonte: IGC/UFMG - Tese de Doutorado).
Deleuze G, Guattari F 2002. Mil Platôs. Capitalismo e Esquizofrenia. São Paulo: Ed. P. 34. (Volume 4).
Egler WA 1951. Zona pioneira ao norte do rio Doce, Revista Brasileira de Geografia, Rio de Janeiro, XVIII, p. 223-264.
Espindola HS 1999. História da Associação Comercial de Governador Valadares (Governador Valadares: Univale), p. 74-126.
Espindola HS 2000. Práticas Econômicas e Meio Ambiente na Ocupação do Sertão do Rio Doce. Caderno de Filosofia e Ciências Humanas, Belo Horizonte, v. 8, n.14, p. 67-75;
Espindola HS 2001. “História e Região: construção das identidades individual e coletiva,” XXI Simpósio Nacional de História, Niterói, ANPUH.
Espindola HS 2001. A Colonização das Almas. (Pos-Historia, Assis, v. 9, p. 115-126).
Espindola HS 2005. Sertão do Rio Doce. (Bauru: Edusc).
Espindola HS 2009. “Território e geopolítica nas Minas Gerais do século XIX”.Cadernos da Escola do Legislativo, 11, p. 85-86.
Espindola HS et. Alli 2010. Apropriação de Terras Devolutas e Organização Territorial no Vale do Rio Doce: 1891-1960. In: Haruf Salmen Espindola; Jean Luiz Neves de Abreu (Org.). Sociedade, Território e Modernização. (Governador Valadares: Editora Univale, p. 19-58), 8-9. Disponível em http://www.univale.br/central_arquivos/arquivos/territoriosociedademodernizacao_eletronico.pdf. Acessado em 15 de outubro de 2014.
Espindola HS. “Expansão do capital e apropriação de terras florestais no processo de industrialização do Brasil (1891-1960)”, CESCONTEXTO, Coimbra, 1 (mar. 2013), 277. Disponível em http://www.ces.uc.pt/publicacoes/cescontexto/ficheiros/cescontexto_debates_i.pdf. Acessado em 24/4/2014.
Espindola HS; Wendling, IJ 2008. Elementos biológicos na configuração do território do rio Doce. Varia História, Belo Horizonte, v. 24, p. 177-197.
Espindola W 1969. “Elementos biológicos na configuração do território do Rio Doce”;Companhia Vale do Rio Doce,Desenvolvimento Agropecuário da Região de Influência da CVRD: estudo básico, p. 248 e 251, 259.
Espindola, HS 2011, Esteves AC, Martins RF, Moraes JCPP, Aquino BP. Emergência do Movimento Social no Campo: conflito entre posse e propriedade em Minas Gerais.. In: XIV Encontro Nacional da ANPUR 2011, Rio de Janeiro. XIV Encontro Nacional da ANPUR. Rio de Janeiro: ANPUR. v. 1. p. 1-17.
Espindola, HS, Morais JCPP, Aquino BP, Guimaraes DJM, Siqueira NL 2013. Expansão do capital e apropriação de terras florestais no processo de industrialização do Brasil (1891-1960). Coimbra, CESCONTEXTO, v. 1, p. 260-296 2013.
Fischer G 2014. Minério de ferro, geologia econômica e redes de experts entre Wisconsin e Minas Gerais 1881-1914. Hist. Cienc. Saúde-Manguinhos, Mar, vol.21, no.1, p.247-262.
Flórido L 2010. Agripa Vasconcelos e a Biografia: Uma Questão de Gênero, Revista Discente do CELL, n. 0 – 1º sem. 2010. Disponível em http://www.ichs.ufop.br/cell/cell/index.php/cell/article/ download/7/29. Acessado em 17 de outubro de 2014.
Fonseca JR.. Figueira do rio Doce: Vivência, Lembrança, Saudade. Rio de Janeiro: publicado pelo autor 1986 (?), p. 32.
Genovez PF, Pereira FR 2014. Da lepra à hanseníase: política pública, o cotidiano e o estigma a partir da memória de seus atores – Governador Valadares (década de 1980), História: Questões & Debates, p. 60.
Gorceix C-H 1906. O ferro e os mestres de forja, 43; Francisco Sales (Presidente de Minas). Mensagem ao Congresso Mineiro, de 15 de junho de 1906, (Belo Horizonte: Imprensa Oficial), p. 66. Disponível em http://brazil.crl.edu/bsd/bsd/u290/000065.html. Acessado em 24/4/2014.
Gorceix C-H 1952. O ferro e os mestres de forja na província de Minas Gerais, Revista da Escola de Minas, (dez.), p. 41, 42.
Governo de MG. Economia Mineira – 1989: diagnóstico e perspectiva(Belo Horizonte: BDMG – Banco de Desenvolvimento Econômico, v. 5.
Graça Aranha, JP 1904. Chanaan. 2. ed. (Rio de Janeiro: H. Garnier Livreiro-Editor), p. 44-45, 80, 82, 312.
Guattari F, Suely R 2005. Micropolítica cartografias do desejo, (7° Ed. Revisada, Petrópolis, RJ: Vozes 200), 388.
Holanda SB de 1994. Visão do Paraíso: os motivos edênicos no descobrimento e colonização do Brasil, (São Paulo: Brasiliense).
Martins Filho AV 2009. O segredo de Minas. A origem do estilo mineiro de fazer política, (Belo Horizonte: Crisálida), p. 108-109.
Martins JS 1991. Expropriação e violência a questão política no campo, 3ª ed. Revisada e ampliada. São Paulo. Editora Hucitec, p. 30.
Martins JS 1996. O tempo da fronteira. Retorno à controvérsia sobre o tempo histórico da frente de expansão e da frente pioneira, Tempo Social; Rev. Sociol., 8, 1 (maio), p. 25, 29.
Melo e Silva, J 1989. Canaã do oeste: sul de Mato Grosso. Campo Grande: Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul.
Miranda S de 1949. Rio Doce. Impressões de uma Época, (Rio de Janeiro, Biblioteca do Exército), p. 11, 22.
Nogueira, A, Francisco, R 2004. Chegada a Canaã. Eles construíram a medicina em Londrina. Londrina: Associação Médica de Londrina.
Passos J dos 1964. Brasil Desperta, (Rio de Janeiro: Record), 39 (lançado nos EUA, em 1963, com o título Brazil on the Move, pela editora Doubleday).
Pinheiro F 2011. História do Banco do Brasil. 1906 a 2011. (Rio de Janeiro, s/ed,), p. 35-37. Disponível em http://www.fernandopinheirobb.com.br/escritor/livros/Fernando_Pinheiro_historia% 20do%20bb.pdf. Acessado em 17 de outubro de 2014.
Raffestin C 1993. Por uma geografia do poder. (São Paulo: Ática,), 11-29, 223-236 [Pour une géographie du pouvoir, Paris, Librairies techniques 1980].
Rocha AVM, Barbosa NA 1965. Aprendizagem infantil na 3ª série, (Belo Horizonte: Difusão Pan-Americana), p. 156-157.
Rosa LBRA 1976. Companhia Estrada de Ferro de Vitória a Minas.1890-1940. (São Paulo: FFLCH/USP - Dissertação de Mestrado), p. 108-122, 137-145;
Sack RD 1986. Human Territoriality: Its Theory and History (Cambridge: Cambridge University Press), p. 19-27.
Saint-Hilaire A de 1974. Viagem pelo distrito dos diamantes e litoral do Brasil. (Belo Horizonte: Itatiaia; São Paulo: EDUSP, p. 165, 176-177.
Senna N de 1906. Bacia do Rio Doce. Terceiros dos relatórios apresentado ao governo do Estado de MG, (Belo Horizonte: Imprensa Oficial, p. 24, 25.
Siman LC 1988. Depoimento de José Chaves Reis. “A história na memória: uma contribuição para o ensino de história das cidades”, (Dissertação de Mestrado, Universidade Federal de Minas Gerais -UFMG), p. 77, 78, 248.
Steains WJ. 1888. An Exploration of the Rio Dôce and its Northern Tributaries (Brazil), Proceedings of the Royal Geographical Society vol. X, n. I, p. 61-84, 62, 66.
Steains WJ. 1888. O Valle do Rio Doce, Revista da Sociedade de Geographia do Rio de Janeiro tomo IV, 3o. Boletim, p. 213-226, 218-219, 225.
Strauch N 1955. A Bacia do Rio Doce. Estudo Geográfico. (Rio de Janeiro, IBGE), p. 3.
Strauch N 1955. Zona Metalúrgica de Minas Gerais e Vale do Rio Doce. Guia da excursão n.º 2, realizada por ocasião do XVIII Congresso Internacional de Geografia. (Rio de Janeiro: Conselho Nacional de Geografia 1958), 78, 98, 99, 111-140; Ney Strauch (org.),A Bacia do Rio Doce. Estudo Geográfico. (Rio de Janeiro, IBGE).
Turner FJ 1996. The Frontier In American History. University of Virginia. Disponível em http://xroads.virginia.edu/~Hyper/TURNER/. Acessado em 14 de abril de 2009.
Vasconcelos A 1996. Fome em Canaã, 159, 160, 161, 162, 163, 172, 175, 176, 177, 178 180 181 183 205, 222, 237, 238, 244.
Vilarino MTB 2008. Entre lagoas e florestas: atuação do Serviço Especial de Saúde Pública (SESP) no saneamento do médio rio Doce: 1942-1960. Belo Horizonte, UFMG, [Dissertação de Mestrado]
Waibel, LH 1955. As zonas pioneiras do Brasil. Revista Brasileira de Geografia. Ano XVII, n. 4, pp. 389-422, out./dez.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Esta revista oferece acesso livre imediato ao seu conteúdo, seguindo o princípio de que disponibilizar gratuitamente o conhecimento científico ao público proporciona maior democratização mundial do conhecimento.
A partir da publicação realizada na revista os autores possuem copyright e direitos de publicação de seus artigos sem restrições.
A Revista Fronteiras: Journal of Social, Technological and Environmental Science segue os preceitos legais da licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial 4.0 Internacional.