Caracterização dos Solos e da Estrutura Fitossociológica da Vegetação de Veredas da Chapada no Triângulo Mineiro

Autores

  • Marcus Vinícius Vieitas Ramos Universidade de Brasília (Brasília/Brasil).
  • Mundayatan Haridasan Programa de Pós- graduação stricto sensu em Ecologia da Universidade de Brasília
  • Glein Monteiro de Araújo Universidade de Uberlândia

DOI:

https://doi.org/10.21664/2238-8869.2014v3i2.p180-210

Resumo

As veredas se destacam como um sistema de drenagem superficial composto pela rede de drenagem com cursos d’água que ocupa os interflúvios largos dentro do domínio Cerrado. Nas Veredas os solos são formados sob condições de drenagem deficiente. Nestas condições há uma tendência para a formação de solos hidromórficos. Com o objetivo de investigar a importância e o uso dado para os recursos naturais das veredas pela população rural do município de Uberlândia-MG foram realizadas entrevistas com 20 proprietários rurais. As veredas apresentam-se como uma fonte de água de fácil acesso. Segundo os entrevistados as veredas possuem água de boa qualidade, para uso doméstico, salvo em condições de represamento onde a água adquire coloração amarelada, com presença de lodo avermelhado e sabor ferruginoso. A água para consumo humano, em sua maior parte é obtida de poços artesianos...

Palavras-Chave: Veredas; Cerrado; Estudos Edáficos; Uberlândia.

Biografia do Autor

Marcus Vinícius Vieitas Ramos, Universidade de Brasília (Brasília/Brasil).

Doutor em Ecologia pela Universidade de Brasília (Brasília/Brasil).

Mundayatan Haridasan, Programa de Pós- graduação stricto sensu em Ecologia da Universidade de Brasília

Doutor em Agronomia (Física do solo) pela Mississippi State University, EUA Universidade de Brasília (Brasília/Brasil). Pesquisador e orientador no Programa de Pós- graduação stricto sensu em Ecologia da Universidade de Brasília (Brasília/Brasil).

Glein Monteiro de Araújo, Universidade de Uberlândia

Doutor em Ecologia pela Universidade Estadual de Campinas. Pesquisador e orientador na área de Ecologia, com ênfase em Ecologia de Ecossistemas. Atualmente é professor titular e aposentado na Universidade de Uberlândia (Uberlândia/Brasil).

Referências

Ab’Saber AN 1971. A organização natural das paisagens inter e subtropicais brasileiras. In: SIMPÓSIO SOBRE O CERRRADO, 3.,1962, São Paulo. Anais... São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, p.1 - 11.
Allen SE (ed.) 1989. Chemical analysis of ecological materials. 2 ed., Oxford: Blackwell Scientific Publications. 565p.
Amaral AF 2002. Caracterização fenológica e aspectos do solo em áreas queimada e desbastada de uma vereda em Uberlândia, MG. Dissertação de Mestrado. Uberlândia: Universidade Federal de Uberlândia.
Amaral AF 1999. Estrutura comunitária da vegetação, em uma seção transversal de vereda da reserva vegetal do CCPIU. Monografia (Bacharelado em Biologia). Uberlândia: Universidade Federal de Uberlândia. 54p.
Araújo GM et al 2002. Composição florística de veredas do município de Uberlândia. Revista brasileira de Botânica 25(4):475 - 493.
Aristiguieta L 1968. Consideraciones sobre la flora de los Morichales llaneros al norte del Orinoco. Acta Botânica Venezuelica, Caracas, 3:19-24.
Baccaro CAD 1994. As unidades geomorfológicas e a erosão nos chapadões do município de Uberlândia. Sociedade & Natureza, Uberlândia, MG, 6(11/12):19-33.
BASANTA, M et al 1989. Diversity measurements in shurbland communities of Galicia (NW Spain). Vegetatio 82:105 - 112.
Batmanian GJ 1983. Efeitos do fogo sobre a produção primária e a acumulação de nutrientes do estrato rasteiro de um cerrado. Dissertação de Mestrado. Brasília: Universidade de Brasília, 78p.
Boaventura RS 1978. Contribuição aos estudos sobre evolução das veredas. In Encontro Nacional de Geógrafos, 3. Fortaleza: AGB/UFC.
Boldrini II, Mioto STS, Longhi-Wagner HM, Pillar VP, Marzall K 1998. Aspectos florísticos e ecológicos da vegetação campestre do Morro da Polícia, Porto Alegre, RS, Brasil. Acta Botanica Brasílica 12(1):89 - 100.
Brandão M, Gavilanes ML 1994. Cobertura Vegetal da Microrregião 178 (Uberaba), Minas Gerais, Brasil. Daphne 4(2):29 - 57.
Brandão M, Gavilanes ML 1997. Cobertura vegetal do município de Pedro Leopoldo, MG: formações vegetais e composição florística. Daphne, Belo Horizonte, 7(2):32-50.
Brower JF, Zar JH 1984. Field & laboratory methods for general ecology. Dubuque, Iowa.
Canales J, Trevisan MC, Silva JF, Caswell H 1994. A demographic study of an annual grass (Andropogon brevifolius Schwrz) in burnt and unburnt savanna. Acta Oecologica 15(3):261-273.
Canales J, Silva JF 1987. Efecto de uma quema sobre el crecimiento y demografia de vástagos em Sporobolus cubensis. Acta Oecologica, Oecologia Generalis 8:391-401.
Canfild RH 1941. Aplication of de line interception method in sampling range vegetation. Journal of Forestry 39:388-394.
Carvalho PGS 1991. As veredas e sua importância no domínio dos cerrados. Informe Agropecuário, Belo Horizonte, 15(168):54 - 56.
César HL 1980. Efeitos da queima e corte sobre a vegetação de um campo sujo na Fazenda Água Limpa, Brasília - Distrito Federal. (Dissertação de Mestrado). Brasília: Universidade de Brasília.
Colins SI, Barber SC 1985. Effects of disturbance on diversity in mixed-grass prairie. Vegetatio 64:87-94.
Comissão de Fertilidade do Solo do Estado de Minas Gerais (CFSEMG) 1999. Recomendações para uso de corretivos e fertilizantes em Minas Gerais. 5a Aproximação. Viçosa.
Corrêa GF 1989. Les microreliefs “Murundus” et leur environment pedologique dans l’ Oest du Minas Gerais: reion du Plateau Central Bresilien, These (Docteur), L’Université de Nancy I. France, p. 14-15.
Coutinho LM 1980. As queimadas e seu papel ecológico. Brasil Florestal 44:7-23.
Couto EG, Resende M, Rezende SB 1985. Terra ardendo. Ciência Hoje, Rio de Janeiro, 3(16):48-57.
Curi N et al 1993. Vocabulario de Ciencia do Solo. Campinas, Sociedade Brasileira de Ciência do Solo, 90p.
Curi N, Franzmeier DP 1984. Topossequence of oxisols from the Central Plateau of Brazil. Soil Science Society of America Journal, Madison, 48:341-346.
Curi, N et al 1992. Problemas relativos ao uso, manejo e conservação do solo em Minas Gerais. Informe Agropecuário, Belo Horizonte, 16(176):3-9.
Daubenmire R 1968. Ecology of fire in grasslands. Adv. Ecol. Res. 5:209-266.
Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária 1999. Centro Nacional de Pesquisa de Solos. Sistema brasileiro de classificação de solos. Brasília: Embrapa Produção de Informação; Rio de Janeiro: Embrapa Solos, 412p.
Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária 1975. Serviço Nacional de Levantamento e Conservação dos Solos. Mapa esquemático da região Norte Meio Norte e Centro Oeste do Brasil (Boletim de pesquisa, 17). Rio de Janeiro, 535p.
Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária 1976. Serviço Nacional de Levantamento e Conservação dos Solos. Levantamento exploratório-reconhecimento de solos da margem esquerda do Rio São Francisco, estudo da Bahia (Boletim de técnico, 38). Recife, 404p.
Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária 1978. Serviço Nacional de Levantamento e Conservação dos Solos. Levantamento de reconhecimento dos solos do Distrito Federal (Boletim de pesquisa, 53). Rio de Janeiro, 455 p.
Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária 1982. Serviço Nacional de Levantamento e Conservação dos Solos. Levantamento de média intensidade dos solos e avaliação da aptidão agrícola das terras do Triângulo Mineiro (Boletim de pesquisa, 1). Rio de Janeiro, 526 p.
Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária 1986. Serviço Nacional de Levantamento e Conservação dos Solos. Levantamento exploratório-reconhecimento dos solos do Estado do Maranhão (Boletim de pesquisa, 35). Rio de Janeiro, 964 p.
Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (EPAMIG) 1978. Levantamento de Reconhecimento detalhado dos solos da área sob influência do reservatório de Três Marias (Boletim Técnico SNLCS, 57). Belo Horizonte, 236p.
Frangi JL et al 1980. Efecto del fuego sobre la composición y dinamica de la biomassa de um pastizal de sierra de la ventana (Bs. As. Argentina). Darwiniana 22(4):565-585.
Grime JP 1979. Plant strategies & vegetation process. New York: John Wiley & Sons, 222p.
Guimarães AJM et al. Estrutura fitossociológica em área natural e antropizada de uma vereda em Uberlândia, MG. Acta Botânica Brasílica, v.16, n.3, p. 317 - 329, 2002.
Guimarães AJM 2001. Características do solo e da comunidade vegetal em área natural e antropizada de uma vereda na região de Uberlândia, MG. Dissertação de Mestrado, Uberlândia: Universidade Federal de Uberlândia, 44p.
Hadley EB, Kieckhefer BJ 1963. Productivity of two prairie grasses in relation to fire frequency. Ecology 44:398-396.
Klink CA, Macedo RF, Mueller CC 1995. De grão em grão o cerrado perde espaço. Cerrado: impactos do processo de ocupação. WWF – PROCER (Documento para discussão). Brasília, DF.
Kucera DL, Ehrenreich JH 1962. Some effects of annual burning of Central Missouri Prairie. Ecology 43:334-336.
Lemos RC, Santos RD 1996. Manual de descrição e coleta de solo no campo. 3. ed. Campinas: Sociedade Brasileira de Ciência do Solo. 83p.
Lima SC, Silveira FP 1991. A preservação das veredas para manutenção do equilíbrio hidrológico dos cursos d’água. In Encontro Nacional de Estudos Sobre o Meio Ambiente, 3., 1991, Londrina, PR. Anais... Londrina, 1:204-218.
Lima SC 1996. As veredas do Ribeirão Panga no Triângulo Mineiro e a evolução da paisagem. Tese (Doutorado em Geografia Física), São Paulo, USP, 260p.
Magalhães GM 1956. Características de alguns tipos florísticos de Minas Gerais. Revista de Biologia, Rio de Janeiro, 1(1):76-92.
Meirelles ML et al 2004. Impactos sobre o estrato herbáceo de áreas úmidas do cerrado. In Aguiar LMS, Camargo AJ (eds.). Cerrado: ecologia e caracterização. Planaltina, DF: EMBRAPA Cerrados; Brasília, p. 41-68.
Melo DR 1992. As veredas nos planaltos do Noroeste Mineiro; caracterizações pedológicas e os aspectos morfológicos e evolutivos. Dissertação (Mestrado em Geografia). Rio Claro, UNESP, 218p.
Melo DR 1978. Contribuição ao estudo geomorfológico de veredas: Região de Pirapora, MG. Belo Horizonte: UFMG. Monografia (Graduação em Geografia), Instituto de Geociências, Universidade Federal de Minas Gerais, 54 pp.
Mendonça RC et al 1998. Flora vascular do cerrado. In Sano S, Almeida SP (eds.). Cerrado ambiente e flora. Embrapa-CPAC, Brasília, p. 289 - 556.
Moniz AC, Buol SW 1982. Formation of an oxisol-ultisol transition in São Paulo, Brazil: In Lateral dinamics of chemical weathering. Soil Science Society of America Journal, Madison, 46:1234-1239.
Munhoz CBR 2003. Padrões de distribuição sazonal e espacial das espécies do estrato herbáceo-subarbustivo em comunidades de campo limpo úmido e de campo sujo. Tese de Doutorado, Brasília, Universidade de Brasília, 272p.
Novais RF, Smyth TJ 1999. Fósforo em solo e planta em condições tropicais. Viçosa: Universidade Federal de Viçosa. 396p.
Oliveira GC 2003. Levantamento florístico em seis veredas em diferentes tipos de solo no Triângulo Mineiro. Monografia (Bacharelado em Biologia). Uberlândia: UFU.
Oliveira JB, Jacomine PKT, Camargo MN 1992. Classes gerais de solos do Brasil. Guia auxiliar para seu reconhecimento. Jaboticabal: FUNEP, 201p.
Ramos MVV et al 2006. Veredas no Triângulo Mineiro: solos, água e uso. Ciênc. agrotec., Lavras, 30(2):283-293.
Ramos MVV 2000. Veredas do Triângulo Mineiro: solos, água e uso. Dissertação (Mestrado em Agronomia), Lavras: UFLA, 127p.
Resende M, Rezende SB, Carmo DN 1985. Roteiro pedológico I. Viçosa: UFV. Imprensa Universitária. (mimeogr.).
Resende M 1976. Mineralogy, chemistry, morphology and geomorphology of some soils of the central plateau of Brazil. Tese de Doutorado. West Lafayette: Purdue University, 237p.
Rhue R 1969. Quaternary landscapes in Iowa. Ames, Iowa State University press.
Ribeiro JF, Walter BMT 1998. Fitofisionomias do bioma do cerrado. In Sano MS, Almeida SP (eds.). Cerrado: ambiente e flora. Planaltina: EMBRAPA-CPAC, 556p.
Sakai E, Lepsch IF 1984. Levantamento pedológico detalhado da Estação experimental de Pariquera-Açu (Boletim Técnico, 83). Campinas: Instituto Agronômico, 56p.
Wilding LP, Rehage JÁ 1985. Pedogenesis of soils aquic moisture regimes. In Wetland soils: characterization classification and utilization. International Rice Research Institute, p. 139-157.
Zar JH 1996. Biostatistical Analysis. Londres: Prentice-Hall.

Publicado

2014-12-28

Como Citar

RAMOS, Marcus Vinícius Vieitas; HARIDASAN, Mundayatan; ARAÚJO, Glein Monteiro de. Caracterização dos Solos e da Estrutura Fitossociológica da Vegetação de Veredas da Chapada no Triângulo Mineiro. Fronteira: Journal of Social, Technological and Environmental Science, [S. l.], v. 3, n. 2, p. 180–210, 2014. DOI: 10.21664/2238-8869.2014v3i2.p180-210. Disponível em: https://revistas.unievangelica.edu.br/index.php/fronteiras/article/view/1011. Acesso em: 13 nov. 2024.