Adesão terapêutica em oncologia sob a perspectiva da religiosidade e espiritualidade: revisão integrativa

Autores

  • João Vitor Moura Vidal unievangelica
  • Maria Teresa Silva Oliveira
  • Pedro Carvalho Cruz Marinho de Jesus
  • Bruna Endo de Oliveira unievangelica
  • Lucas Abrahão Sabag
  • Guilherme Fortes Ramos Filho
  • Constanza Thaise Xavier Silva

Palavras-chave:

Espiritualidade. Religiosidade. Adesão ao Tratamento. Aceitação. Câncer.

Resumo

O câncer representa um importante problema de saúde pública e requer não apenas intervenções biomédicas, mas também abordagens que considerem aspectos psicológicos e espirituais do paciente, onde espiritualidade busca explicar o sentido da vida através de uma conexão com algo além e a religiosidade como uma forma mais concreta e embasada de interpretar a realidade, ambas essenciais para o enfrentamento do câncer. Diante disso, esta revisão integrativa teve como objetivo identificar e sintetizar as evidências científicas acerca da relação entre saúde espiritual e adesão ao tratamento em pacientes com câncer. A busca foi realizada nas bases de dados PubMed, SciELO, LILACS e Web of Science, utilizando os descritores “Patients”, “Neoplasms, Malignant”, “Cancer”, “Spirituality”, “Religion” e “Treatment Adherence”, combinados com operadores booleanos. Foram incluídos artigos originais publicados entre 2021 e 2025, disponíveis nos idiomas português, inglês e espanhol. Após a triagem, compuseram a amostra final 14 estudos. Os resultados demonstraram associação positiva entre espiritualidade e adesão terapêutica, indicando que maiores níveis de saúde espiritual favorecem a adaptação ao processo de adoecimento e o seguimento do tratamento. Associações negativas, que mostraram como crenças religiosas influenciam a adesão ao cuidado médico e como as pessoas utilizam desses meios como uma forma de substituir um procedimento e um tratamento oncológico, e podem ser interpretadas como uma forma de castigo ou punição, que interferem negativamente no tratamento. Por fim, associações neutras, espiritualidade e religiosidade interferiram de uma forma neutra no tratamento, muitas vezes por serem vistas como um segundo plano ou como algo inefetivo. Conclui-se que o fortalecimento da religiosidade e espiritualidade pode contribuir para melhores resultados clínicos e qualidade de vida, juntamente com apoio social e tempo de diagnóstico que influenciaram significativamente essa relação, sendo essencial que as equipes multiprofissionais incluam o cuidado espiritual como parte integral do plano terapêutico do paciente oncológico.

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Publicado

2025-12-15

Edição

Seção

RESUMOS - Medicina Preventiva