A influência da síndrome de burnout em cuidadores oncológicos e suas estratégias de prevenção: uma revisão integrativa

Autores

  • Giovanna Sabino UniEVANGÉLICA
  • Emílio Naves Borges Júnior
  • Carolina Margarida
  • Maria Júlia Gonçalves Vilela
  • Felipe Costa
  • Raquel Monte Galvão

Palavras-chave:

Burnout. Profissionais de Saúde. Coronavírus.

Resumo

A Síndrome de Burnout constitui agravo psicossocial frequente entre cuidadores que atuam na oncologia, contexto marcado por elevada complexidade assistencial, exposição contínua ao sofrimento humano e demandas emocionais intensas. Este estudo teve como objetivo analisar as influências do Burnout em cuidadores oncológicos e identificar as estratégias de enfrentamento descritas na literatura científica recente. Para isso, realizou-se uma revisão integrativa em seis etapas metodológicas, utilizando a estratégia PICo para formular a questão norteadora e buscas nas bases PubMed, SciELO e Google Acadêmico, com descritores relacionados ao esgotamento profissional, oncologia, saúde mental e adaptação psicológica. Após aplicação dos critérios de inclusão e exclusão, a amostra final foi composta por vinte artigos, majoritariamente quantitativos, que apontaram elevada prevalência de exaustão emocional, despersonalização, fadiga por compaixão, estresse moral, ansiedade e sintomas depressivos entre cuidadores, sobretudo entre aqueles expostos a jornadas extensas, presenciamento de óbitos, conflitos interpessoais, demandas elevadas, uso de medicação para lidar com o estresse, ausência de suporte adequado e insuficiência de recursos psicossociais. Os fatores identificados foram agrupados em dois eixos: fatores emocionais, como desgaste psicológico, sofrimento acumulado e baixa satisfação no trabalho; e fatores ocupacionais, como sobrecarga, escassez de recompensas profissionais, demandas temporais excessivas e desequilíbrio entre vida pessoal e atividade laboral. Em contrapartida, alguns estudos apontaram recursos pessoais e sociais que influenciam positivamente o enfrentamento, incluindo resiliência, espiritualidade, apoio social e bem-estar subjetivo, associados a menores níveis de estresse e sobrecarga. Conclui-se que o enfrentamento do Burnout entre cuidadores oncológicos depende do fortalecimento de estratégias pessoais sustentáveis capazes de mitigar os efeitos do desgaste contínuo ao qual esses profissionais são expostos. Recomenda-se que estudos futuros explorem intervenções específicas e sensíveis ao contexto, ampliando o conhecimento sobre práticas que promovam bem-estar e contribuam para a humanização do cuidado em oncologia.

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Publicado

2025-12-15

Edição

Seção

RESUMOS - Medicina Preventiva