Depressão pós-parto e aleitamento materno: Análise da associação e seus desfechos - uma revisão integrativa
Palavras-chave:
Depressão pós-parto, Aleitamento materno, Puerpério, Saúde mental materna, Revisão integrativaResumo
- Introdução: A depressão pós-parto (DPP) é um transtorno multifatorial que afeta dimensões emocionais, psicológicas e fisiológicas do puerpério, podendo comprometer o aleitamento materno. Evidências sugerem que sintomas depressivos interferem na autoeficácia materna, na satisfação com a amamentação e na continuidade do aleitamento exclusivo, embora fatores individuais e contextuais possam moderar essa relação. Objetivo: Este trabalho teve por objetivo analisar de que maneira a depressão pós-parto está associada ao aleitamento materno, identificando mecanismos fisiológicos, psicológicos e comportamentais envolvidos, bem como fatores de proteção e contextos em que essa associação não se manifesta. Metodologia: Trata-se de uma revisão integrativa da literatura realizada em setembro de 2025 nas basescientíficas. Incluíram-se artigos originais, na íntegra, publicados entre 2020 e 2025, nos idiomas português, inglês ou espanhol, que abordassem a relação entre DPP e aleitamento materno. Conforme critérios de inclusão e exclusão, 15 estudos compuseram o corpus final. Os dados foram extraídos, categorizados e sintetizados conforme abordagem temática. Resultados: A maioria dos estudos evidenciou associação entre DPP e aleitamento materno, mediada por fatores fisiológicos, psicológicos e comportamentais. O aleitamento exclusivo atua como fator protetor contra sintomas depressivos. Estudos não encontraram associação direta, mas destacaram elementos moderadores, como experiência prévia, orientação adequada no pré-natal, suporte social e regulação emocional. Conclusão: A depressão pós-parto mostra-se associada ao aleitamento materno por meio da interação entre aspectos emocionais, comportamentais e fisiológicos, influenciando negativamente a confiança materna e a continuidade da amamentação. Entretanto, fatores como suporte social, educação em saúde, experiência prévia e aleitamento exclusivo podem reduzir ou prevenir esses efeitos. Estratégias de cuidado integral devem contemplar avaliação da saúde mental materna, fortalecimento da rede de apoio e promoção do aleitamento desde o período gestacional.
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Publicado
2025-12-15
Edição
Seção
RESUMOS - Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente