O Papel dos anticorpos monoclonais Anti-β-Amiloide na modificação do curso clínico da doença de alzheimer: Uma revisão integrativa

Resumo

A Doença de Alzheimer é marcada pelo acúmulo progressivo da proteína beta-amiloide no sistema nervoso central, processo que desencadeia alterações estruturais, inflamatórias e funcionais responsáveis pelo declínio cognitivo característico da doença. Diante do avanço de terapias biológicas que visam modificar esse processo patológico, o presente estudo teve como objetivo analisar os efeitos terapêuticos associados ao uso de anticorpos monoclonais que atuam na remoção da proteína beta-amiloide. Para alcançar esse objetivo, realizou-se uma revisão integrativa composta por vinte e três estudos clínicos e experimentais, selecionados por meio de buscas sistematizadas nas bases PubMed, Scielo e ScienceDirect. Os estudos incluídos contemplaram ensaios randomizados, modelos comparativos e análises de longo prazo envolvendo anticorpos como lecanemab, donanemab e aducanumab. Os resultados demonstraram que essas terapias promovem redução significativa da carga amiloide cerebral, além de melhora de biomarcadores associados à neurodegeneração, o que se refletiu em retardo da progressão clínica de aproximadamente vinte e cinco a trinta e cinco por cento em pacientes com a doença em estágio leve. A tolerabilidade varia conforme fatores individuais, incluindo predisposição genética, condições vasculares e velocidade de aumento da dose, sendo que a titulação gradual demonstrou reduzir a ocorrência de eventos adversos sem comprometer a eficácia terapêutica. Conclui-se que os anticorpos monoclonais representam uma alternativa promissora na modificação do curso da Doença de Alzheimer, desde que utilizados em pacientes criteriosamente selecionados e acompanhados por protocolos rigorosos de monitoramento, garantindo equilíbrio entre benefício clínico e segurança.