impactos fisiológicos da falta de sono no sistema imune humano: uma mini revisão integrativa

Resumo

Os estudos analisados mostram de forma consistente que o sono exerce papel fundamental na regulação do sistema imunológico e da resposta inflamatória. A privação ou má qualidade do sono está associada a alterações em citocinas, aumento de marcadores inflamatórios e maior risco de doenças metabólicas e mentais. Pesquisas clínicas reforçam esses achados. Em pacientes com câncer hepático, o sono ruim afetou fatores imunológicos e inflamatórios, enquanto em indivíduos saudáveis, a privação de sono elevou pressão arterial e estresse autonômico . Já em pessoas com HIV/AIDS, o tratamento dos distúrbios do sono resultou em melhora psicológica e cognitiva, além de benefícios imunológicos. Aspectos psicológicos também se destacam: durante a pandemia, o sono ruim esteve ligado ao aumento da ansiedade, e pessoas com maior afeto positivo mostraram menor resposta inflamatória ao sono interrompido. Além disso, estudos recentes indicam que o sono influencia o microbioma intestinal, o que pode impactar o comportamento e a imunidade. De modo geral, os trabalhos apontam que o sono adequado é essencial para a homeostase imunológica, o equilíbrio emocional e a saúde global, enquanto sua falta promove inflamação e disfunção fisiológica.