Efeitos colaterais do uso de psicoestimulantes para aumento do desempenho em estudantes de medicina: uma mini revisão integrativa
Palavras-chave:
Estudantes de medicina. Psicoestimulantes.Uso de medicamentos. Efeitos colaterais.Resumo
Houve um aumento expressivo no uso de substâncias psicoestimulantes entre estudantes universitários nos últimos anos, especialmente de fármacos que originalmente são prescritos para o tratamento do Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH). Esta mini revisão integrativa teve como objetivo analisar os efeitos colaterais do uso de metilfenidato e dimesilato de lisdexanfetamina entre estudantes de medicina, com foco na prática da automedicação e na busca por melhor desempenho acadêmico, redução da fadiga e ampliação do tempo de estudo. A pesquisa foi conduzida nas bases SciELO, Google Acadêmico e BVS, abrangendo o período de 2020 a 2025, resultando em oito artigos selecionados, sendo cinco deles utilizados para compor os resultados e a discussão. Os estudos analisados apontam que o consumo dessas substâncias tem crescido de forma preocupante, motivado pela intensa pressão acadêmica e pela percepção subjetiva de melhora na concentração, memória e rendimento, embora não existam evidências científicas que comprovem ganhos cognitivos reais. Os principais efeitos adversos relatados incluem insônia, ansiedade, taquicardia, inapetência, irritabilidade e risco de dependência psicológica. Conclui-se que o uso não prescrito de psicoestimulantes configura um importante problema de saúde pública no meio universitário, reforçando a necessidade de ações educativas, acompanhamento psicológico e maior rigor no controle e na dispensação de medicamentos de uso controlado.
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