Gestações gemelares dicoriônicas diamniótica e dicoriônicas dianmniótica fusionadas diferenças e características: um estudo descritivo
Palavras-chave:
Gravidez de gêmeos. Placenta. Recém-nascidoResumo
As gestações gemelares dicoriônicas diamnióticas (DCDA) com fusão placentária
parcial ou total apresentam maior risco de restrição de crescimento intrauterino, prematuridade e hipertensão gestacional. A identificação precoce dessas variantes é essencial para
a individualização do pré-natal, mas a literatura disponível limita-se a séries de casos com
amostras pequenas, comprometendo a padronização de protocolos obstétricos. Comparar
características maternas, anatomopatológicas placentárias e desfechos neonatais entre
gestações DCDA convencionais e DCDA com fusão placentária em 1.210 casos atendidos de
2012 a 2019 em um hospital pediátrico de referência em Houston (EUA). Estudo transversal
descritivo com dados retrospectivos extraídos de laudos eletrônicos com informações maternas, neonatais e anatomopatológicas placentárias. Serão coletadas variáveis maternas
(idade, comorbidades, tipo de parto), placentárias (peso, anastomoses vasculares, acretismo, sinais de infecção) e neonatais (peso ao nascer, escore de Apgar, idade gestacional,
malformações). A análise estatística incluirá testes de normalidade (Kolmogorov-Smirnov),
comparação de médias (t de Student ou Mann-Whitney) e de proporções (qui-quadrado ou
Fisher), com p<0,05. Prevê-se maior incidência de complicações maternas e neonatais nas
DCDA fusionadas, indicando a necessidade de vigilância ultrassonográfica mais intensa e
protocolos específicos de manejo pré-natal e neonatal, a fim de reduzir a morbimortalidade
perinatal em gestações múltiplas.