Impacto da terapia de reposição hormonal no desenvolvimento de câncer de mama: uma revisão integrativa da literatura
Resumo
A presente revisão integrativa tem como objetivo descrever como a terapia hormonal interfere no câncer de mama, contribuindo para uma compreensão mais aprofundada da temática e subsidiando decisões clínicas e políticas públicas em saúde . A pesquisa utilizou a estratégia PICo para formulação da pergunta norteadora e foi conduzida nas bases Public Medicine (PubMed), Web of Science e Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), combinando os descritores ciências da saúde (DeCS) “Hormone Replacement Therapy” e “Breast Neoplasm”. Foram identificados inicialmente 1.474 artigos, dos quais 14 atenderam aos critérios de inclusão (publicações entre 2020 e 2025, em inglês ou português) e foram selecionados para análise. Os estudos incluídos contemplaram diferentes delineamentos, como ensaios clínicos, coortes retrospectivas, estudos caso-controle e metanálises. Os principais achados indicam que o uso combinado e prolongado da Terapia de reposição hormonal (TRH), especialmente a associação entre estrogênio e progestagênio, está associado ao aumento do risco de câncer de mama. Por outro lado, o uso isolado de estrogênio em mulheres histerectomizadas apresentou efeito protetor em alguns estudos. A via de administração também se mostrou relevante: estrogênios por via vaginal em baixas doses não aumentaram significativamente o risco da doença. Fatores como a densidade mamária, histórico familiar, predisposição genética e características étnicodemográficas modulam o risco e reforçam a importância da prescrição individualizada. Conclui-se que o uso da TRH exige avaliação cuidadosa e baseada em evidências, considerando os benefícios sintomáticos e os riscos oncológicos
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