Há relação entre o consumo de açúcar e o aumento de incidência de ansiedade ou de depre
Resumo
O objetivo deste artigo é sintetizar as evidências disponíveis na literatura sobre a relação entre padrões alimentares, especialmente o consumo de açúcar, e o impacto na saúde mental e comportamental. A revisão integrativa foi realizada a partir de estudos encontrados em bases como Frontiers, ScienceDirect, MDPI, Wiley, Springer, entre outras, totalizando 20 artigos selecionados por critérios de relevância e atualidade. Foram identificadas duas principais categorias temáticas: (1) associação entre consumo alimentar, particularmente de açúcares adicionados, e sintomas de depressão e ansiedade e (2) mecanismos psi-cobiológicos e sociais que mediariam esse impacto. Os estudos apontam que altos níveis de consumo de açúcar estão relacionados a maior risco de transtornos do humor, com ênfase em depressão e ansiedade, especialmente entre adultos e adolescentes. Fatores como inflamação sistêmica, disfunção do eixo HPA, alterações na microbiota intestinal e hábitos comportamentais compulsivos foram apontados como mediadores fisiológicos dessa associação.
Por outro lado, práticas como alimentação saudável, intervenções em ambientes de trabalho e suporte social foram apontadas como estratégias de enfrentamento e prevenção. Observou-se também que aspectos culturais, econômicos e ambientais influenciam significativamente os hábitos alimentares e sua repercussão na saúde mental, evidenciando a importância de políticas públicas multidimensionais. Dessa forma, torna-se necessário promover uma abordagem integrada entre nutrição, psicologia e políticas sociais para a prevenção e manejo dos transtornos mentais relacionados à alimentação contemporânea.