Disfunção sexual em mulheres pós-parto vaginal: revisão integrativa

Autores

  • Lorraine Barbosa Cordeiro centro universitario de anapolis- unievangelica
  • Hadassa Oliveira do Carmo Ferreira Fisioterapeuta, Universidade Evangélica de Goiás, Anápolis, Goiás- Brasil.

Palavras-chave:

Disfunção sexual., Saúde da mulher., Puerpério.

Resumo

Objetivo: Este estudo teve como objetivo revisar a literatura quanto a presença de disfunção sexual em mulheres após o parto vaginal. Fonte de dados: Foi realizada a busca de estudos sobre disfunção sexual em mulheres após o parto vaginal nas bases PubMed e Web of Science de 2018 a novembro de 2024, usando os termos "sexual dysfunction" e "Postpartum Period" em inglês e português. Foram incluídos estudos que avaliaram o assoalho pélvico em mulheres maiores de 18 anos após o parto vaginal e correlacionaram com a disfunção sexual, excluindo estudos que correlacionaram apenas com aspectos psicológicos. Síntese dos dados: Foram encontrados 85 artigos, dentre eles após a revisão foram incluídos apenas 4. Os resultados indicaram a prevalência da dispareunia, seguida de ressecamento vaginal e falta de libido, caracterizadas pela redução do desejo sexual, excitação e dificuldade de atingir o orgasmo. Conclusão: Conclui-se que as disfunções sexuais são comuns em mulheres pós-parto vaginal, mas muitas vezes não recebem a devida atenção nos cuidados perinatais. São necessários mais estudos e mais profissionais da saúde devem ter acesso a informações atualizadas para diminuir a incidência dessas queixas.

Referências

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. Diretrizes nacionais de atenção integral à saúde da mulher. Brasília: Ministério da Saúde. 266 p. (Série A. Normas e Manuais Técnicos), 2011.

COSTA, E. M. F., et al. Síndrome dos ovários policísticos: definição, diagnóstico e tratamento. Revista da Associação Médica Brasileira, São Paulo, v. 64, n. 2, p. 167-171, 2018.

SILVA, C. V., et al. Alterações metabólicas e endócrinas na gestação. Arquivos Brasileiros de Endocrinologia & Metabologia. São Paulo, v. 61, n. 3, p. 264-271, 2017.

KANAKIS, M., THIELE, E. S., FERREIRA, C. H. J. Prevalência de disfunção do assoalho pélvico em gestantes e sua correlação com a idade gestacional. Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia, Rio de Janeiro, v. 40, n. 8, p. 429-434, 2018.

D'ELIA, M. P., et al. Impacto da episiotomia no assoalho pélvico feminino: revisão sistemática. Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia, Rio de Janeiro, v. 40, n. 11, p. 701-710, 2018.

LOPES, B. M., et al. Puerpério e seus aspectos clínicos, sociais e emocionais: uma revisão integrativa. Revista Brasileira de Enfermagem, Brasília, v. 71, n. 2, p. 553-563, 2018.

MONTENEGRO, M. L., TAVARES, I. L., LOURENÇO, D. C. Disfunções Sexuais Femininas. Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia, Rio de Janeiro, v. 40, n. 4, p. 214-222, 2018.

FERNANDES, A. B. A., et al. Disfunção sexual feminina no pós-parto: prevalência e fatores associados. Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia, Rio de Janeiro, v. 42, n. 10, p. 606-612, 2020.

DOWNS, S. H.; BLACK, N. The feasibility of creating a checklist for the assessment of the methodological quality both of randomized and non-randomized studies of health care interventions. Journal of Epidemiology Community Health, v. 52, p. 377-384, 1998.

HUANG, L. H., et al. Effect of far-infrared radiation on perineal wound pain and sexual function in primiparous women undergoing an episiotomy. Taiwanese Journal of Obstetrics and Gynecology. 58(1):68-71, 2019.

GOMMENSEN, D., et al. Obstetric perineal tears, sexual function and dyspareunia among primiparous women 12 months postpartum: a prospective cohort study. BMJ Open. 9(12):e032368, 2019.

ROOS, A.M., SPEKSNIJDER, L. STEENSMA, A.B. Postpartum sexual function; the importance of the levator ani muscle. International Urogynecology Journal. 31(11):2261-2267, 2020.

SCHUTZE, S., et al. The effect of pelvic floor muscle training on pelvic floor function and sexuality postpartum. A randomized study including 300 primiparous. Archives of Gynecology and Obstetrics. 306(3):785-793, 2022.

SILVA, N. L. S., et al. Dispareunia, dor perineal e cicatrização após episiotomia. Revista enfermagem UERJ, 21(2), 216-220, 2013.

HAYLEN, B., RIDDER, D., FREEMAN, R.M. An Internation al Urogynecological Association (IUGA)/ International Continence Society (ICS) joint report on the terminology for female pelvic floor dysfunction. International Urogynecology Journal. 21(5):26, 2010.

LIPSCHUETZ, M., et al. Degree of bother from pelvic floor dysfunction in women one year after first delivery. European Journal of Obstetrics & Gynecology and Reproductive Biology. 191:90-4, 2015.

SOUZA, A., et al. The effects of mode delivery on postpartum sexual function: A prospective study. BJOG: Na International Journal of Obstetrics. 122(10):1410-8, 2015.

MCDONALD, E., WOOLHOUSE, H., BROWN, S.J. Consultation about sexual health issues in the year after childbirth: A cohort study. Birth. 42(4):354-61, 2015.

DE SOUZA, W. W. P. et al. As gestantes que frequentam o serviço público do Brasil são orientadas a treinar os músculos do assoalho pélvico?. Revista Inspirar Movimento & Saude, 19(4), 2019.

LEEMAN, L.M., ROGERS, R.G. Sex after child birth: postpartum sexual function. Obstetrics and Gynecology. 119(3):647-55, 2012.

VETTORAZZI, J. et al. Sexualidade e o período pós-parto: uma revisão da literatura. Revista do Hospital das Clínicas de Porto Alegre. Porto Alegre, v. 32, n. 4, p. 473-479, 2012.

Downloads

Publicado

2025-06-26

Edição

Seção

ARTIGOS DE REVISÃO