Diabetes gestacional em gestações gemelares: alterações anatomopatológicas placentárias e desfechos neonatais

Autores

  • Alana Queiroz Leão
  • Camila de Barros Canabrava César
  • Fernanda Pereira Macedo da Costa
  • Joaquim Xavier da Costa
  • Mauro Batista de Amorim Silva Júnior
  • Raíssa Mendes Guimarães
  • Marcela de Andrade Silvestre

Palavras-chave:

complicações na gravidez, diabetes gestacional, gravidez gemelar, placenta, Recém-nascido

Resumo

A gestação gemelar é, por si só, um fator de risco para desfechos perinatais des-favoráveis, apresentando maior propensão ao desenvolvimento de diabetes gestacional devido às demandas metabólicas e hormonais aumentadas. A diabetes gestacional afeta entre 3% e 10% das gestações, sendo que a probabilidade de complicações eleva-se ainda mais na gravidez de gêmeos, como parto prematuro, anomalias fetais, restrição de cresci-mento extrauterino, baixas pontuações de Apgar e internações em unidades de terapia in-tensiva neonatal. Ademais, em função de fatores como a distribuição irregular do fluxo san-guíneo na placenta entre fetos e as diferenças na resposta fetal à hiperglicemia, surgem alterações anatômicas placentárias, incluindo aumento da vascularização e espessamento e modificações das membranas, as quais comprometem a troca materno-fetal e impactam no desenvolvimento dos recém-nascidos. Assim, considerando o aumento de casos de dia-betes gestacional em gestações gemelares nas últimas duas décadas, este estudo objetiva investigar as modificações placentárias e seus impactos nos desfechos neonatais. Trata-se de um estudo de coorte retrospectivo realizado entre 2012 e 2019 em um hospital pediátrico em Houston, no qual foram examinados dados de prontuários, analisando variáveis mater-nas, como doença de base e tipo de parto, neonatais e placentárias para identificar altera-ções causadas pela diabetes gestacional e associá-las a parâmetros como peso ao nascer, índice de Apgar e idade gestacional. Nessa perspectiva, espera-se encontrar relação entre as alterações morfológicas e funcionais placentárias decorrentes da diabetes gestacional e os desfechos neonatais. Este estudo, portanto, busca fundamentar diretrizes mais robus-tas, personalizadas e eficazes nesse cuidado, promovendo intervenções precoces e melho-rias nos cuidados clínicos.

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Publicado

2024-12-15

Edição

Seção

RESUMOS - Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente