Colestase neonatal associada a pênfigo bolhoso: relato de caso
Palavras-chave:
sífilis congênita, Pênfigo bolhoso, ColestaseResumo
A sífilis, tida como uma IST, pode ser transmitida de mãe para filho, causando graves problemas neonatais, como prematuridade, baixo peso e problemas hepáticos, como a colestase, que leva à icterícia e prurido. Sendo assim, a história clínica incluiu icterícia progressiva desde o 10º dia de vida e lesões bolhosas no corpo, sugerindo uma possível colestase neonatal. Relatar um caso de icterícia neonatal em lactente com pênfigo bolhoso, uma combinação rara que levanta questões sobre infeção no período pré-natal. Um recém-nascido (RN), do sexo masculino, nascido em meados de junho de 2024, foi admitido no ambulatório pediátrico, aos 27 dias de vida, com quadro de icterícia persistente e lesões bolhosas cutâneas, compatíveis com pênfigo bolhoso. Os exames laboratoriais e de imagem revelaram elevação das enzimas hepáticas e canaliculares, processo inflamatório em via biliar. As lesões cutâneas bolhosas indicaram um processo autoimune, onde anticorpos maternos poderiam ter atravessado a placenta e afetado tanto a pele quanto o fígado do recém-nascido. A condição exige uma abordagem multidisciplinar para o manejo das manifestações hepáticas e cutâneas, com foco em intervenções que minimizem o impacto da colestase e do pênfigo bolhoso. Este relato destaca um clássico em que apenas a história clínica e exame físico já poderiam sugerir sífilis congênita e serve de alerta para que quadro de pênfigo e colestase tem que se investigar sífilis antes de encaminhar para o hepatologista. Haja vista que a demora no diagnóstico pode levar a complicações irreversíveis Todos os médicos devem ser capazes de diagnosticar as apresentações clássicas de sífilis não sendo necessário a avaliação de um especialista.