A influência dos níveis de ocitocina e expressão de seus receptores no desenvolvimento de crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA): uma revisão integrativa

Autores

  • Anna Carolina Martins Bandeira
  • Marianna Lisboa Cardoso de Souza
  • Sara Desiderio de Sousa
  • Ana Beatriz Alencar Agostinho
  • Sarah Ingrid Verissimo da Silva Matos Dutra
  • Constanza Thaise Xavier Silva

Resumo

O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é um distúrbio do desenvolvimento marcado por dificuldades na interação social e na comunicação, tanto verbal quanto não verbal, além de padrões de comportamento repetitivos e restritos. Os níveis basais de ocitocina podem exercer um papel importante na apresentação do TEA e nos comportamentos sociais. Sendo assim, destaca- se a necessidade da discussão sobre a relação da ocitocina e de seus receptores com o TEA. Nesse sentido, o presente trabalho tem o objetivo de identificar a influência dos níveis de ocitocina e expressão de seus receptores no desenvolvimento de crianças TEA. O estudo trata-se de revisão integrativa realizada nas bases National Institutes of Health/National Library of Medicine (PubMed) e Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS) com a análise de artigos sobre ocitocina e desenvolvimento infantil no TEA, utilizando os Descritores em Ciências da Saúde (DeCS) “oxytocin” e “ocitocina” com o operador booleano AND e “autism spectrum disorder” e “transtorno do espectro autista”. Foram incluídos estudos no idioma inglês e português, disponíveis na íntegra, realizados nos últimos 5 anos, literaturas destoantes da temática abordada e com repetição entre as plataformas foram excluídas. Sob esse viés, os estudos apontam que a ocitocina tem relação com mecanismos: neurofisiológicos, epigenéticos, genéticos e múltiplos fatores, os quais modulam os receptores e os níveis basais desse neuropeptídeo no organismo, de modo a contribuir para as diferentes facetas do espectro. Dessa forma, a ocitocina desempenha papel importante no desenvolvimento de crianças com TEA, ajudando no diagnóstico e na compreensão da gravidade do transtorno. Portanto, é essencial o surgimento de pesquisas com amostras maiores para avaliar efeitos a longo prazo a fim de entender cada vez mais a expressão dos receptores e dos genes relacionados ao TEA. 

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Publicado

2024-12-15

Edição

Seção

RESUMOS - Neurociências