Depressão pós-parto e seu impacto no aleitamento materno: uma revisão integrativa
Palavras-chave:
aleitamento materno, Amamentação, Depressão pós-partoResumo
O aleitamento materno, fundamental para o desenvolvimento saudável do bebê, enfrenta diversos desafios que comprometem sua continuidade, especialmente a depressão pós-parto (DPP), um transtorno que afeta a saúde mental e hormonal da mãe, além de prejudicar o vínculo mãe-bebê. A partir disso, por meio de uma revisão integrativa, este estudo tem como objetivo analisar como a fase da amamentação é impactada pela DPP. Na pesquisa, foram utilizados os descritores “aleitamento materno”, “amamentação” e “depressão pós-parto”, além dos operadores “AND” e “OR”, nas seguintes bases de dados: PubMed (Public Medline), Scientific Electronic Library Online (SCIELO), Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências de Saúde (LILACS) e Google Acadêmico. Foram encontrados 199 artigos com base nos critérios de inclusão (período de 2017 a 2024, artigos originais e nos idiomas português ou inglês). No entanto, apenas 15 artigos foram incluídos neste estudo, pois atendiam diretamente à questão norteadora. A análise dos artigos revela uma clara associação entre a depressão pós-parto e a redução da autoeficácia na amamentação. Mães com altas pontuações na Escala de Depressão Pós-Parto de Edimburgo tendem a ter menor adesão à amamentação exclusiva, sugerindo que a DPP pode levar à interrupção precoce da amamentação. O estudo identificou quatro fatores predominantes que explicam o impacto da DPP durante esse período, sendo eles: alterações hormonais, sintomatologia da doença, autoeficácia na amamentação e falta de apoio.
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