Hipertireoidismo subclínico com oftalmopatia de graves: um relato de caso

Autores

  • Marta Isadora de Araújo
  • Dejamar Vinícius Dias Marinho
  • Gustavo Luiz de Oliveira
  • Murilo Marmori Cruccioli
  • Olavo Antônio Ribeiro Pimenta
  • Tulio Oliveira Cruz Batista
  • Leandro Nascimento da Silva Rodrigues

Palavras-chave:

Doença de Graves, Exoftalmia, Hipertireoidismo, Oftalmopatia de Graves

Resumo

A doença orbitária mais comum é a oftalmopatia de Graves, que acomete cerca de 25 a 50% dos portadores de hipertireoidismo por Doença de Graves, sendo mais frequente no sexo feminino entre a segunda e quinta décadas de vida. O propósito deste estudo é relatar, através de informações obtidas na revisão do prontuário, exames laboratoriais e revisão da literatura, uma manifestação atípica da oftalmopatia de Graves, em que a paciente não apresentou outras aparições frequentes da Doença de Graves, como perda de peso, bócio e taquicardia, além disso os exames laboratoriais não apontaram alterações consideráveis da concentração de TSH, T3 e T4, indicando um hipertireoidismo subclínico, em que a única alteração apresentada foi exoftalmia e posteriormente diplopia e hiperemia. Nesse contexto, esse relato de caso clínico também busca ampliar a literatura acerca da oftalmopatia de Graves com hipertireoidismo subclínico, auxiliar em futuros diagnósticos e discutir as peculiaridades do tratamento e manejo de pacientes acometidos por esse quadro. Foi possível constatar que a ausência de outras manifestações típicas da Doença de Graves não elimina essa doença como diagnóstico, visto que a oftalmopatia descrita nesse artigo ocorreu sem outras manifestações características e em casos semelhantes é fundamental o exame de anticorpos antirreceptores de TSH para o diagnóstico correto.

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Publicado

2024-12-15

Edição

Seção

RESUMOS - Envelhecimento e Epidemiologia das Doenças Crônicas Não Transmissiveis