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Abstract

As atividades de extensão universitária são importantes para o processo de formação superior, contribuindo para o desenvolvimento de um profissional com visão holística, interdisciplinar e competências políticas, educacionais, culturais, científicas e tecnológicas, as quais possibilitam o uso de conhecimento técnico e habilidades em prol da comunidade. Levando em consideração a relevância da extensão para o ensino superior, e, com fundamento no tripé ensino-pesquisa-extensão, ficou estipulada, pela Lei nº 13.005/2014, a obrigatoriedade de que 10% dos créditos curriculares dos cursos de graduação sejam cumpridos com  atividades de extensão, o que foi regulamentado, em 2018, pela Resolução nº 7, do Ministério da Educação (MEC). Entretanto, ainda são escassos na literatura estudos que abordam os impactos, os benefícios, a eficácia, a forma de implementação e a repercussão dessa realidade entre acadêmicos e professores. Dessa forma, este estudo tem como objetivo central discutir a implementação dessa exigência legal no curso de medicina de uma universidade particular do estado de Goiás, o que foi feito pela criação de atividades denominadas "semanas integrativas". Para isso, será desenvolvido um estudo observacional, transversal, de abordagem quantitativa, por meio: a) da aplicação de questionários aos estudantes do 1º ao 4º períodos, docentes do curso de medicina da Universidade Evangélica de Goiás – UniEVANGÉLICA, com estimativa de 269 participantes; e b) de observação in situ e relato da realização das "semanas integrativas" do 1º ao 4º períodos, do curso anteriormente mencionado, executadas no segundo semestre letivo do ano de 2023. Por conseguinte, será possível documentar a realização dessas atividades nomeadas de "semanas integrativas" e compará-las ao cenário desenvolvido em outros cursos de medicina do país, pela revisão de literatura, além de avaliar a percepção dos acadêmicos quanto à curricularização da extensão em curso de medicina de universidade particular em Goiás e o ponto de vista dos docentes acerca do processo de implementação. Assim, pretende-se enriquecer a discussão acerca das possíveis metodologias a serem utilizadas como projetos e programas de extensão no currículo da graduação em medicina, contribuindo-se para a formação de profissionais mais comprometidos com a saúde da população brasileira.