Sífilis Congênita: desafios da assistência pré-natal e suas consequências
Resumo
RESUMO: A sífilis congênita é causa de grande morbidade na vida intrauterina e leva a desfechos negativos em grande parte dos casos. É transmitida verticalmente através do patógeno Treponema pallidum, quando há falha no tratamento da gestante e pode acontecer em qualquer fase da doença. Objetivou-se analisar os dados da literatura, visando relacionar os dados crescentes da sífilis com suas possíveis causas e consequências, atentando para a atenção primária de saúde no Brasil. Esta revisão se deu a partir da leitura de 20 artigos científicos, sendo que 13 são da base de dados Scielo, 3 do Pubmed e 4 do LILACS e buscou dados epidemiológicos, fatores agravantes, relação com o pré-natal, a escolaridade, raça, classe social e as dificuldades no tratamento da sífilis congênita. Foram encontrados índices de prevalência da sífilis em gestantes de 1,4% a 2,8%. É fato que cerca de 12 milhões de pessoas adultas são acometidos anualmente, sendo que 90% destas estão em países em desenvolvimento. O pré-natal é de suma importância para o diagnóstico precoce e tratamento correto das gestantes; a menor frequência de atendimento pré-natal foi associada aos desfechos de óbito fetal ou infantil, bem como a alta proporção de mortalidade fetal entre as mães que foram testadas no momento do parto. Foram também encontrados dados quanto às dificuldades na terapêutica, que são principalmente relacionadas à falta da penicilina e ao tratamento inadequado do parceiro. Após averiguar tais dados, foi percebida a correlação entre a situação da sífilis e a qualidade da assistência pré-natal.
Palavras-chave:
Sífilis Congênita. Transmissão vertical de doença infecciosa. Atenção Primária à Saúde.